The Devil’s Band: A série diabólica que faz até anjos quererem ler | Crítica


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Programa originalmente exibido no Boletim Virtual da WebTV (2018).
Vou lhes contar uma coisa, não é puxando saco do autor, até porque, desde a preview lançada no primeiro semestre deste ano eu já vinha “paquerando” a série sem mesmo conhecer ou ter contato com o autor da obra. E pressentia que uma das melhores séries de todos os tempos estava por vir. Não levei muito em consideração o gosto de gênero, até porque o terror não é o meu favorito. Mas confesso que a comédia emprenhada no texto contribuíram para o meu estado de êxtase durante a leitura. Sim, amados, só não rir quem tem depressão, infelizmente. É um humor ácido, negro, mas dá para perceber a diferença em comparação com Manic (de JP), outra que me prendeu do começo ao fim. Mistérios, mortes, terror pesado e muita comédia são os ingredientes usados por LF D’Oliveira.

The Devil’s Band conta a história de uma banda de rock inglesa chamada The British Boys que sofrem um terrível acidente de avião. Eles morrem e vão parar no inferno. Lá conhecem a diaba Lucy Ferris (Helen Mirren) que lhes dá uma nova chance de terem suas vidas de volta, mas com uma condição: eles terão que capturar 666 demônios que estão perambulando pela Terra. Porém eles ganham algumas habilidades especiais que os ajudarão nessa caçada. Mas para os mais atentos, pode ser um equívoco da minha parte, deu a entender logo no primeiro episódio que alguém da banda será o sucessor de Lucy Ferris. A cada episódio um demônio diferente é apresentado cometendo as mais diversas atrocidades. Uma das cenas que não sai da minha cabeça é aquela que Cliff confunde o número do apartamento que a suposta entidade maligna está e acabam estragando a noite de amor da Dominatrix travesti, justamente por pensarem que ela estava possessa por manter um homem (nu) amarrado na cadeira e prestes a chicoteá-lo. Hilário, conseguiu me fazer rir em meio a noite silenciosa quando lia (kkkk)

Cliff (Daniel Radcliffe) é o mais bobão, Lenny (Aaron Taylor-Johnsons) é o mais galanteador, Damien (Dane Dehaan) o mais esperto e Scott (Paul Dano)  o mais sensato. Pelo menos foram essas as impressões que tive de cada um dos integrantes da banda mais diabólica do mundo. Sem esquecer de Devilin (Zoe Saldana), uma pessoa libertária que é fascinada por mistérios sobrenaturais, detalhe, ela é brasileira enão quer voltar pra cá porque aqui faz um calor dos infernos – e ela tá mentindo? kkkk. Já rasguei elogios para Lucy Ferris e não me canso de dizer como eu adoro quanto a mesma dá as caras, uma versão ainda mais diabólica de Miranda Priestly (O Diabo Veste Prada). Seu estilo único, fino, de femme fatale, que dá vontade de assistir um spin-off só com a rainha do submundo.

O texto é de uma qualidade invejável e fluido. Mas justificado pelo tempo de experiência do autor na escrita de roteiro. Diálogos são inteligentes, você em nenhum momento percebe o didatismo ou falas forçadas. As cenas são válidas e consideráveis, não estão lá para encher. Tudo ocorre de maneira inteligente. As transições de cenas, posições de câmera e o detalhamento do autor nas ações ajudam o leitor e imergir na história. Infelizmente, não é do perfil deste quadro soltar qualquer tipo de spoiler ao leitor, por isso recomendo veementemente a acompanharem a série que é sem dúvida um mega presente da WebTV para nós na temporada de primavera/verão. 

A nota não poderia ser diferente, se pudesse dar 11, 20 ou 100 eu daria. Mas só é permitido a escala de 0 a 10, então nota 10 sem sombra de dúvidas. Valeu e muito o retorno de Luiz Fernando de Oliveira (sem pseudônimo) depois de um tempo afastado do MV.




Nota 10


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