2. Um Hóspede Ilustre | A Tempestade



NO CAPÍTULO ANTERIOR

 

Cena 1. Interna – hotel resplendor – saguão – dia.

Plácido: mil perdões. Eu estou... (olhando ao redor) onde é que eu estou?

Gilberto: este é o resplendor. Hotel resplendor.

Plácido: mas isso é uma sorte incrível! Minhas preces foram ouvidas. Meu carro ficou atolado num lamaçal. Não sei onde estou. Pensei comigo mesmo: vou morrer entalado aqui. Então, tomo uma pequena maleta e me arrasto pela neve, quando vejo de repente, à minha frente, a visto esta casa.  (olha em volta) o desespero transforma-se em alegria. Podem alugar-me um quarto, não?

Gilberto: mas claro...

Milena: infelizmente, só temos um pequeno...

Plácido: naturalmente. Têm outros hóspedes.

Milena: nós só abrimos o hotel hoje, de modo que somos... Bem, um pouco novos no assunto.

Plácido: (encantado com Milena.) Encantadora!

Gilberto: e sua bagagem?

Plácido: não se preocupem. Tranquei muito bem o carro.

Gilberto: mas não seria melhor trazê-la para dentro?

Plácido: não, não. Garanto-lhe que, numa noite como está, não haverá ladrões à solta. E, quanto a mim, minhas necessidades são muito frugais. Tenho tudo o que preciso, aqui, nesta maleta. Tudo o que preciso.

Milena: é melhor o senhor se esquentar. Vou arrumar o seu quarto.

Plácido: quer dizer, então, que têm vários hóspedes?

Milena: temos a senhora Beatriz Campos, o senhor Marcos Dutra, a senhorita Cassandra vieira e um rapaz chamado Cristiano Soares. E, agora, o senhor.

Plácido: sim! (em tom misterioso) o hóspede inesperado. O que não convidaram. Aquele que simplesmente apareceu — vindo da tempestade. Parece muito dramático, não acham? Quem sou eu? Os senhores não sabem. De onde venho? Os senhores não sabem. Eu serei o homem misterioso! Mas deixem que lhes diga. Eu completo o quadro. De agora em diante não haverá mais chegadas. Nem partidas. Amanhã de manhã, talvez mesmo até neste momento, ficaremos isolados da civilização. Nem açougueiro, nem padeiro, nem leiteiro, nem carteiro, nem jornais, ninguém e nada, a não sermos nós mesmos. É admirável, admirável. Nada poderia ser melhor para mim. Meu nome, por falar nisso, é plácido. E os senhores são Gilberto e Milena Reis. (ri pra câmera no seu jeito misterioso.) Não há lugar mais propício e agradável. Simplesmente perfeito.

Milena e Gilberto se entreolha, desconfiados. Nesse instante um forte trovão assusta eles.

Fade-out

 

 

No capítulo de hoje

 

Cena 1. Externa – takes do rio de janeiro – tarde.

Chove bastante. Raios e trovões cruza a cidade.

 

Cena 2. Interna – hotel resplendor – saguão – tarde.

A chuva batendo forte na vidraça. Marcos Dutra está sentado no sofá lendo um livro e beatriz, numa poltrona ao lado da lareira, escrevendo alguma coisa numa folha de papel.

Beatriz: considero muito desonesto não ter sido informada de que eles estavam iniciando o seu negócio.

Marcos: bem, tudo tem de começar, como sabe. O almoço foi excelente. Tudo muito bem servido, além do mais, a moça faz tudo sozinha.

Beatriz: amadores. Deveria haver uma criadagem apropriada.

Marcos: o almoço foi ótimo.

Beatriz: (enojada) suflê de batatas.

Marcos: a senhora Milena prometeu-nos um baião de dois caprichado para o jantar.

Beatriz: (irônica) baião de dois? Aff! Pelo anúncio tive a impressão de que o lugar seria completamente diferente. Para o almoço suflê de batatas com vinho de quinta. À noite, para o jantar, baião de dois. Coisa sem mais originalidade. Se ao menos tivesse um froi grois com vinho do porto. Ai que saudade do velho mundo!

Marcos: compreendo a senhora.

Cristiano descendo a escada, sem ser notado.

Beatriz: graças a deus que não pretendo ficar aqui muito tempo. Um país que me causa repulsa. Gentinha mixa. De longe isto aqui será um país do futuro. Se fosse França, Itália, até que vá.

Cristiano: eu acho que não vai ficar, mesmo.

Cristiano cruza o saguão, e os olha passando.

Beatriz: ele é realmente muito esquisito. Deve ser mentalmente desequilibrado.

Marcos (ri) acho que fugiu de algum hospício.

Beatriz: eu não ficaria nada espantada.

Milena aparece. E vai até a escada, chama seu marido.

Milena: Gilberto?

Gilberto: o que é, querida?

Milena: já tem um aguaceiro juntando na porta do quintal, meu bem.

Gilberto desce trazendo um rodo, balde e um pano. Cruza o saguão com Milena e sai.

Beatriz: essa moça é inacreditável. Será que não sabe nada sobre trabalho doméstico?  Tudo muito desleixado e amadorístico. Deveria haver uma criadagem adequada.

Cassandra vem descendo a escada.

Cassandra: o que não é muito fácil de se encontrar hoje em dia.

Beatriz: não. Na realidade, as classes inferiores não têm a

Menor ideia de suas responsabilidades.

Cassandra: ai, as velhas classes inferiores!

Beatriz:  a senhorita, creio eu, seja uma socialista.

Cassandra: bem, eu não diria tanto. Não me interesso muito

Por política. Vivo mais no exterior.

Beatriz: imagino que no exterior as condições sejam muito

Melhores.

Cassandra: bem, eu não tenho de cozinhar nem limpar nada, ao que parece, quase todos são obrigados a fazer aqui.

Beatriz: este país entrou em melancólica decadência. Não é mais o mesmo. A corrupção e a miséria do país são dois temas fortes. As classes desprivilegiadas estão se refugiando para a Europa, a procura de uma melhoria plausível. Se é que existe.

Cassandra: a mão de obra neste país é a que tem levantado milhões de famílias. Com a falta dela, ninguém se ergue no brasil.

Beatriz: sem dúvida resolvem alguns de nossos problemas. Mas não o suficiente. (t) pretende demorar muito no rio?

Cassandra: depende de uns negócios que tenho de resolver. Assim que acertar tudo vou voltar.

Beatriz: posso saber pra onde?

Cassandra: (seca) não. Não pode.

Beatriz lança-lhe um olhar desconfiado, sem graça, e volta a escrever. Cassandra vai até a estante, liga o rádio, primeiro baixinho, depois aumenta o volume.

Beatriz: será que se importava de não tocar isso tão alto? O rádio é muito perturbador quando se está tentando escrever cartas.

Cassandra: é minha música favorita

 Dança ao som da música. Beatriz, a olha furiosa, levanta e sai.

Cassandra: velha desgraçada. (senta-se.)

Cristiano aparece, vindo da biblioteca.

Cristiano: oi?

Cassandra: olá.

Cristiano: para todo lugar que eu vou aquela mulher me persegue — e depois fica me olhando — com os olhos deste tamanho.

Cassandra: (indicando o rádio.) quer diminuir, por favor?

Cristiano diminui o volume.

Cristiano: velha chata.

Cassandra: liguei o rádio de propósito. Só assim deixaria cadeira para mim. (ri.)

Cristiano: não gosto nada dela. Vamos inventar coisas para deixá-la furiosa? Eu queria que ela fosse embora daqui.

Cassandra: com esse tempo? Nem pensar.

Cristiano: mas quando a chuva passar.

Cassandra: quando a chuva passar muita coisa pode acontecer.

Cristiano: (olhando pela janela) tão tranquila... Tão pura... Faz a gente esquecer de tudo.

Cassandra: a mim não faz esquecer de nada.

Cristiano: sua voz parece tão feroz.

Cassandra: eu estava pensando.

Cristiano: em que tipo de coisa?

Cassandra: não sabia que eu era escritora, sabia?

Cristiano: é mesmo?

Cassandra: desculpe desapontá-lo. Não sou, não. (ri.)

Cristiano não gosta, liga o rádio muito alto e sai com raiva.

O telefone toca. Milena aparece e atende.

Milena: alô? (desliga o rádio.) sim, é do hotel resplendor... O quê?... Não, sinto muito, mas o meu marido não pode atender agora. Aqui é a esposa dele... Quem?... A polícia? Ah, sim, eu sei, o detetive Cristóvão Alencar? Mas não é possível. Ele não ia conseguir chegar aqui. A chuva nos isolou completamente. Ninguém passa nas estradas. Não passa nada...Sim... Muito bem... Mas o quê... Alô... Alô... (desliga. Gilberto aparece.)

Gilberto: quem era, querida?

Milena: a polícia acaba de telefonar.

Cassandra: algum problema com a polícia?

Gilberto: não. Coisa de rotina.

Cassandra sai.

Milena: eles vão mandar um inspetor ou detetive ou não sei o quê.

Gilberto: com esse temporal?  Mas ele nunca vai conseguir chegar aqui.

Milena: foi o que eu disse. Mas eles parecem ter a certeza de que conseguirá.

Gilberto: mas, afinal, por que tudo isso?

Milena: foi o que eu perguntei. Mas não disseram. Não é muito estranho?

Gilberto: que será que nós fizemos dessa vez? Provavelmente é alguma coisa com o funcionamento do hotel.

Milena: ai, meu deus, não sei para que nós inventamos isto.

Gilberto: coragem, meu bem. Na hora tudo dá certo (pausa.) sabe, amor, deve ser alguma coisa muito séria para a polícia mandar alguém até aqui com esse tempo. Alguma coisa realmente urgente... (os dois se entreolham preocupados.)

Aparece a senhora Beatriz.

Beatriz: eu estou pagando setecentos reais por semana aqui, setecentos reais e não vejo nada de interessante nesta... O que é mesmo isto aqui? 

Gilberto: um hotel, senhora Beatriz. O que a perturba?

Beatriz: nada em relação as instalações. O que me incomoda, se me permite, devo dizer que há um rapaz muito esquisito hospedado aqui. Os modos, o jeito que ele se comporta, para mim são incômodos. Será que jamais ele penteia o cabelo?

Milena: ele é um jovem arquiteto extraordinariamente brilhante.

Beatriz: como disse?

Milena: Cristiano Soares é um arquiteto...

Beatriz: minha cara menina, naturalmente já ouvi falar de Cristiano Soares que, é claro, era arquiteto. Idealizou o parque olímpico do rio. Vocês, jovens, parece que pensam que são as únicas pessoas no mundo devidamente instruídas.

Milena: estou falando deste que aqui estar. Seu nome é Cristiano Soares. Seus pais deram-lhe esse nome na esperança de que se tornasse arquiteto. E tornou-se, ou está em vias de tornar se de modo que parece que tudo deu certo.

Beatriz: essa história parece muito suspeita. Se fosse a senhora investigaria um pouco essa pessoa. O que sabe a respeito dele?

Milena: tanto quanto sei a seu respeito, senhora Beatriz, ou seja, que ambos me pagam setecentos reais por semana. E é só o que preciso saber, não é? É só o que me diz respeito. Não faz a menor diferença eu gostar de meus hóspedes... Ou não.

Beatriz: sendo jovem e inexperiente, deveria receber conselhos de alguém com mais experiência. E quanto a esse estrangeiro?

Milena: o que há com ele?

Beatriz: não estava esperando por ele, estava?

Milena: recusar um hóspede não é de meu feitio, e nem estar nas regras do hotel. A senhora devia saber disso.

Beatriz: sei disso. Eu só estava dizendo que esse senhor plácido, como é que ele se chama?

Plácido: (vem entrando.) cuidado, minha boa senhora. Não se deve saber de quem não conhecemos.

Beatriz: (fica sem jeito) eu não o vi chegar. Tenho de acabar minhas cartas.

Beatriz sai. Plácido fica a olhando sair.

Plácido: (para Milena) minha encantadora senhora parece preocupada. Do que se trata?

Milena: está tudo um pouco difícil de se arrumar. Por causa da chuva.

Plácido: é. A chuva dificulta as coisas, não é? Ou então facilita. Sim, as vezes facilita muito.

Milena: não sei o que quer dizer.

Plácido: há muita coisa que a senhora não sabe. Eu acho, por exemplo, que não sabe muita coisa a respeito de como cuidar de um hotel.

Milena: mas nós estamos resolvidos a conseguir. Eu não cozinho tão mal assim...

Plácido: não tenho dúvidas de que seja uma cozinheira encantadora. (vai até Milena pega em suas mãos. Ela a retira e se afasta.) posso dar-lhe um conselho? A senhora e seu marido não devem confiar com tanta facilidade. A senhora tem referências desses seus hóspedes?

Milena: alguma coisa aqui ou acolá. Nunca achei que fosse muito necessário.

Plácido: é aconselhável saber alguma coisa a respeito das pessoas que dormem sob o nosso teto. Veja o meu caso, por exemplo. Eu apareço dizendo que meu carro está encalhado na lama. O que sabe de mim? Nada! Posso ser um gatuno, um assaltante, um fugitivo da justiça, um louco. Até mesmo um assassino.

Milena: (assustada) o quê?

Plácido: (ri) mas não tenha medo. É apenas uma suposição. E é possível que saiba pouco a respeito de seus outros hóspedes.

Beatriz aparece novamente.

Beatriz: a varanda está fria demais. Tenho medo que pegue um resfriado. Enviarei meus e-mails daqui mesmo.

Beatriz senta na poltrona próximo a lareira.

Plácido: permita-me atiçar o fogo para a senhora.

Plácido pega o atiçador e aumenta mais o fogo.

Beatriz: obrigada. Muito gentil de sua parte.

Milena: ai, ai. Que dia terrível. Esta chuva que não passa, e agora a polícia.

Beatriz: (assustada.) a polícia?

Marcos: (vindo do quarto, desconfiado.) Porque a polícia?

Milena: ligaram agora a pouco dizendo que vão mandar um inspetor. Mas não acredito que ele consiga chegar até aqui.

Todos ficam paralisados com a notícia da polícia. Gilberto aparece.

Gilberto: aconteceu alguma coisa? Que caras são essas?

Marcos: a polícia está vindo para cá. Por quê?

Gilberto: ora, está tudo bem. É coisa de rotina. E duvido que consiga chegar até aqui. As estradas estão bloqueadas. Tem um mar se formando do Andaraí até o hotel. Duvido que chegue.

A campainha toca. Gilberto vai abrir. É o detetive Cristóvão Alencar.

Cristóvão: o senhor é o Gilberto reis?

Gilberto: sim.

Cristóvão: obrigado, senhor. Detetive Cristóvão Alencar.

Cristóvão retira o casaco, põe no tripé.

Plácido: (não gostando) por que mandaram chamar a polícia, senhor Gilberto?

Gilberto: mas eu não mandei chamar ninguém.

Cristiano aparece.

Cristiano: outro hóspede? De onde ele é?

Beatriz: não é um hóspede, propriamente. É um policial.

Cristiano: (surpreso) policial?

Cristóvão entra de vez.

Gilberto: senhores! Este é o detetive Cristóvão Alencar.

Cristóvão: Boa tarde a todos.

Beatriz: o senhor não pode ser detetive. É muito jovem.

Cristóvão: não sou tão jovem quanto pareço, minha senhora.

Beatriz: mas tem ótima disposição. Enfrentar esta tempestade!

Gilberto e Cristóvão saem para a cozinha.

Marcos: senhora Milena, será que eu poderia usar o seu telefone?

Milena: fique à vontade.

Marcos vai até o telefone e disca.

Cristiano: (confidenciando a beatriz) ele é muito atraente, não acham? Eu sempre achei os policiais muito atraentes.

Beatriz ignora o comentário de Cristiano.

Marcos: (ao telefone.) Alô! Alô!... (para Milena.) Senhora Milena, o telefone está mudo.

Milena: mudo? Como assim?  Mas estava funcionando há poucos instantes.

Marcos: na certa a linha cedeu com o forte vento que deu agora a pouco.

Cristiano: então estamos inteiramente isolados, agora. Completamente isolados. É muito engraçado, não é? (ri, histérico)

Marcos: (ignorando-o) não vejo o menor motivo para risos.

Beatriz: motivo algum.

Cristiano: é uma piada gente! Que povinho sem senso de humor.

Cristóvão e Gilberto aparecem.

Cristóvão: (tirando caderno do bolso.) bem, agora podemos começar, senhor Gilberto.

Gilberto: podemos ir para a biblioteca, se quiser.

Cristóvão: não será necessário, senhor. Estão todos presentes. Posso sentar nessa poltrona?

Cristóvão senta na poltrona.

Milena: o que foi que nós fizemos, detetive?

Cristóvão: não é nada desse tipo, senhora Milena. É outra coisa completamente diferente. Trata-se mais de um caso de proteção policial, se é que me compreende.

Milena: proteção policial?

Cristóvão: em relação com a morte da senhora maria leão, do número 24 da rua marquês de Abrantes, em botafogo, que foi assassinada ontem, dia 12 do corrente mês. Ouviram falar do caso?

Milena: sim, eu ouvi no rádio, qualquer coisa. A mulher que foi estrangulada?

Cristóvão: isso mesmo. A primeira coisa que desejo saber é se conheciam essa senhora maria leão.

Gilberto: nunca ouvi falar dela. Moramos tão longe! Pouca coisa sabemos que se passa na zona sul.

Cristóvão: é possível que não a conhecessem pelo nome de maria leão. Porque este não era seu nome verdadeiro. Tinha ficha policial e suas impressões digitais estavam arquivadas, de modo que pudemos identificá-la sem dificuldade. Seu verdadeiro nome era Mariano Estanislau. Seu marido era um fazendeiro, Jonas Estanislau, que morava numa fazenda em Campos dos Goytacazes, alguns quilômetros daqui.

Gilberto: numa fazenda em Campos dos Goytacazes? Houve uma época em que soubemos de um caso terrível que aconteceu numa fazenda por lá. Será que foi nessa?

Cristóvão: exatamente. Foi um caso famoso.

Cassandra aparece, já tendo ouvido o início da história.

Cassandra: de uma criança...

Todos olham para ela.

Cristóvão: isso mesmo. Uma menina. Que foi levada a um tribunal de menores por necessitarem de cuidado e proteção. Deram-lhe um novo lar na casa do casal Estanislau. Subsequentemente a criança morreu como resultado de negligência criminosa e constantes maus-tratos. O caso causou certa comoção, na época.

Milena: foi horrível.

Cristóvão: tanto o homem quanto a mulher foram para a cadeia. Ele morreu na prisão. Ela cumpriu a sentença e foi libertada. Ontem, como já disse, foi encontrada assassinada.

Milena: e quem foi? Já sabem?

Cristóvão: já chego lá. Um caderninho de notas foi encontrado perto da cena do crime. Nele havia dois endereços. Um era 24, rua Marquês de Abrantes. E outro (pausa, e revela) era hotel resplendor.

Gilberto: o quê?

Cristóvão: isso mesmo, senhor Gilberto. Foi por isso que o delegado encarregado do caso, ao receber essa informação, julgou fundamental minha vinda aqui para descobrir se os senhores sabiam de qualquer ligação entre este hotel, ou qualquer hóspede, e o caso da fazenda em campos.

Suspense. Tensão. Todos se entreolham desconfiados. Um forte trovão assusta eles. As janelas batem com força. Um clima de horror.

Efeito: um corvo solta um granido, sobrevoa sob a tela, congelando a imagem.

 

Fim do segundo capítulo.

 


A Tempestade

Temporada 1 | Episódio 2

 

Criado e Escrito por:

Nathan Freitas

 

Elenco:

Gilberto Reis

Milena Reis

Cristiano Soares

Beatriz Campos

Marcos Dutra

Cassandra vieira

Plácido Gutierrez

Cristóvão Alencar

 

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