Flashback é o que podemos
chamar de novela conceitual. A história de vida dos personagens está em
primeiríssimo plano, abafando qualquer teor cômico que uma novela raiz possui.
Não sei pra quem leu, mas reparei que nos capítulos iniciais, na grande maioria
das cenas, os diálogos eram sobre o passado, deixando de lado fatos recentes ou
de um possível futuro. Talvez essa seja a intensão do autor, afinal o nome de
novela já diz por si só muita coisa.
Percebe-se uma certa poesia no
texto, principalmente durante as falas de Gioconda. Não vi nenhuma situação
forçada, ainda. O núcleo mais forte é sem dúvidas a do protagonista Sandro
Novak que perde a fazenda e o pai (que se suicida por perder a fazenda em um
jogo) e vai em busca de suas origens.
Outra coisa que estranhei foi
a ausência de um vilão ou vilã bem definido. E se existe, não percebi. Única
ali que tem um caráter um pouco duvidoso é Helena, porém (com base nos oito
primeiros capítulos que eu li) não vi seu poder de ação, é aquela expressão
popular “cão que late mas não morde”. Nada contra, isso fica a critério
criativo do autor.
Flashback é pra quem gosta de
uma novela mais baseada na vida e nas suas consequências. Quem espera algo com
uma vilã bem malvada perseguindo a mocinha, esquece. Foge um pouco do padrão
novelesco que estamos acostumados.
Gostei da iniciativa do
Marcelo Delpkin em mostrar que novela não é só tiroteio ou ambientação em
favela, quando passou para os núcleos do Rio. Sobre o roteiro não vi erros ou
deslizes de português e concordância.
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