Relações Destrutivas- Capítulo 8.




Capítulo 8:
CENA 1: CASA DE EDUARDO/ SALA/ INTERIOR/ NOITE/
Continuação imediata da última cena do capítulo anterior. Com os olhos lacrimejados e pasma, Paty observa Megan, que não consegue disfarçar o encurralo.
Fade-in: Tony Crimes (Instrumental)- Rodolpho Rebuzzi.
Paty- O que aconteceu, Megan? O gato comeu a sua língua?
Megan (cínica)- Você não vê Paty? Tudo isso é uma armação deles. (T) A minha irmã me odeia, -olha p/ Madá- essa menina é uma dissimulada, -chorando- ela tá tentando colocar todos vocês contra mim.
Eduardo, Madá, Ícaro e Manu ficam com raiva do cinismo de Megan.
Madá- ISSO É O CÚMULO, GAROTA. COMO VOCÊ PODE SER TÃO FALSA ASSIM? –Tentando ir pra cima, mas é segurada por Ícaro- VOCÊ ME PAGA SUA INFELIZ.
Ícaro- Não acredita nela, Patrícia, eu vi como ela é no dia que estava no hospital acompanhando a irmã dela.
Paty (confusa)- Eu não consigo entender.
Megan- Paty você não vê que eles estão armando um motim contra mim? (T) O que eu fiz para eles me odiarem tanto assim?
Eduardo- Só o fato de você mentir que é rica demonstra a sua falta de caráter, garota. (T) É uma pessoa que faz tudo por dinheiro. (T) Meu Deus, ainda bem que nunca tive um sentimento tão forte por uma pessoa como você.
Megan (furiosa)- Cala a boca, seu desgraçado, você tá achando que é quem, hein? (T) Só porque eu dei em cima de você, se acha no direito de ficar aí se gabando? (T) Pois saiba de algo, Eduardo, se eu tivesse algo com você, seria por puro prazer. (T) Subir na vida é bem mais caro do que tesão por pobre gostoso.
O semblante de Patrícia e de todos cai quando se dão conta do que Megan diz.
Paty (inconformada)- Então é verdade, sua vagabunda desgraçada! Você é tudo o que eles disseram.
Manu (irônica)- E você acha o quê? Que ela era uma freira embalsamada?
Megan (ignorando Manu, rindo diabólica)- Ai, Paty, como você é ingênua, né? (T) Será que você nunca percebeu como eu era não? só uma ingênua pra não perceber que eu sempre fui louca por fama e dinheiro.
Paty- Infelizmente eu fui cega, uma tonta.
Megan- Pois é isso que você é, e sempre vai ser. Uma pessoa medíocre que se deixa ser enganada por qualquer um, e que não almeja muita coisa da vida a não ser um diarista de quinta categoria com duas aberrações que chama de filho.
Madá- Podre. –Exaltada- MEU DEUS, COMO ESSA DIABA PODE SER MINHA IRMÃ?
Megan (p/ Madá)- Cala a boca sua fodida. –Sorrindo p/ Eduardo- Achou mesmo que estava abafando, querido? Tenho pena de pessoas assim. –P/ Paty- E você? Vai fazer o que agora, pobre mocinha com o coração ferido? Vai chorar nos braços do seu macho até sentar n....
Paty acerta uma bofetada na cara de Megan, que coloca a mão no lugar, e olha-a friamente.
Megan- DESGRAÇADA! VOCÊ NÃO SABE O QUE TE ESPERA, PATRÍCIA. (T) VOCÊ NÃO FAZ NEM IDEIA COM QUEM VOCÊ MEXEU.
Paty- E VOCÊ FAZ, SUA VADIA? SE VOCÊ ACHA QUE EU VOU DEIXAR BARATO TUDO ISSO, VOCÊ ESTÁ ENGANADA, MEGAN. (T) EU VOU DESTRUIR A SUA VIDA. –Aponta o dedo na cara- E OUTRA COISA, VOCÊ DEIXA O MEU IRMÃO EM PAZ.
Megan (debochada)- Vai fazer o quê? Me colocar numa jaula?
Patrícia olha com fúria para a inimiga. Megan olha para cada um, que a encara com satisfação por tê-la desmascarado.
Megan- Todos que estão aqui vão me pagar. –Olha p/ Madá- Eu vou destruir a sua vidinha medíocre, você vai ter o pior castigo, porque pra você cair numa vala, não tá muito longe, sua ratazana.
Megan pega a sua bolsa e sai, deixando todos tensos. Eduardo vai até Paty e ele a consola.
Fade-out: Tonys Crimes (Instrumental)- Rodolpho Rebuzzi.
CENA 2: HOSPITAL PÚBLICO/ INTERIOR/ NOITE/
Gabriel e Fabrício se olham, felizes.
Gabriel- Tô tão feliz que tá aqui comigo, belo.
Fabrício- Nem pode imaginar como eu estou.
Gabriel olha para um homem vindo em sua direção, e seu sorriso fica maior. Fabrício encara o homem, que abraça Gabriel.
Bráulio- Irmão, que saudades. –P/ Fabrício- Bráulio, prazer.
Fabrício estende a mão para cumprimentar o homem, que corresponde.
Fabrício- Prazer, Fabrício.
Bráulio (p/ Gabriel)- Então esse é o belo?
Fabrício olha para Gabriel, sorridente.
Fabrício- Falou de mim pro seu irmão?
Gabriel- Lógico que falei. (T) Acha que não iria falar de quem amo, para quem eu também amo?
Bráulio- Vocês formam um lindo casal.
Fabrício- Obrigado.
Gabriel (p/ Bráulio)- E aí, o que aconteceu?
Bráulio- Você passou meu número e eles me ligaram.
Fabrício (tenso)- E eu tô preocupado com uma coisa, e nós precisamos tomar providências quanto a isso...
Gabriel (preocupado)- O que foi, amor?
Fadeín: Perseguido (Instrumental)- Victor Pozas.
Fabrício- Em tirar você daqui o mais rápido possível. (T) Acha que a minha mãe não vai fazer nada? Com certeza ela já deve ter percebido que eu não tô em casa.
Bráulio (desesperado)- Então precisamos resolver isso o quanto antes. Mas o que vamos fazer?
Fabrício- Eu só preciso ir ao banco do outro lado da rua pra pegar um dinheiro, tenho certeza que vamos precisar para um suborno.
Bráulio (decidido)- Pode contar comigo para o que for.
Gabriel- E nós vamos para onde?
Fabrício- Isso é o de menos, meu amor. (T) Pelo menos felizes e longe de toda essa loucura, nós estaremos.
Fabrício sai, deixando Bráulio e Gabriel, que se olham, assustados.
Fade-out: Perseguido (Instrumental)- Victor Pozas.
CENA 3: MANSÃO DANTAS/ SALA/ INTERIOR/ NOITE/
Dorotéia está sentada no sofá, mexendo no celular, ela assusta-se quando a porta abre repentinamente e com brutalidade. Megan adentra o cômodo e vai até ela, desesperada. Dorotéia levanta, intrigada.
Dorotéia- Mas o que é isso, garota? Esse jeito de chegar aqui.
Megan- Tenho certeza que depois de ouvir o que tenho pra te contar, vai se importar muito menos com a forma que cheguei.
Dorotéia (preocupada)- Que merda você aprontou?
Megan- Eu não aprontei merda nenhuma. O que acontece é que por causa do Eduardo, os filhos dele e a minha irmã, a Paty sabe de toda a verdade agora. Ela sabe que eu sou pobre.
Fade-in: Lampejo (Instrumental)- Victor Pozas.
Dorotéia caçoa da cara de Megan, rindo.
Dorotéia- E você tá achando que eu devo me importar com isso, Megan? Problema é seu, cada um com os seus problemas.
Megan- Não se esqueça que você também era beneficiada por causa desse segredo, sua velha miserável. Acha que eu tô com o baitola do seu filho por que amo ele? (T) Aposta que não, né sua cachorra infeliz? (T) Eu vim aqui achando que podia contar com você, mas pelo visto é cada um por si.
Dorotéia- Você não ouse me ameaçar, Megan, -se liga- peraí, você não tá pensando em...
Megan- Bingo, querida. Era o mínimo que eu deveria fazer. (T) Mas como não precisei mostrar a minha “falsa mãe” e você não cumpriu com a sua parte no trato, quando eu precisar, vamos desmentir a sua filhinha na frente de todo mundo, caso ela tente me envergonhar.
Dorotéia- Por falar nisso o meu filho fugiu, aposto que foi procurar a biba no hospital, mas eu vou dar um jeito de acabar com esse romancezinho Romeu e Julieta versão LGBT.
Megan- E você pretende prosseguir com o seu plano de casar o Fabrício comigo? (T) Porque você sabe que a Patrícia já descobriu tudo e vai contar pra Alessandra também.
Dorotéia- Tá achando que eu me importo com aquelas duas? O meu filho vai se casar com você sim, eu só não quero que isso vire burburinho na sociedade, eu não tô nem aí pra minha mãe e minha filha.
Megan- É por isso que eu adoro gente como você, gente que não presta!
As duas se olham, sorrindo.
Fade-out: Lampejo (Instrumental)- Victor Pozas.
CENA 4: HOSPITAL PÚBLICO/ CORREDORES/ INTERIOR/ NOITE/
Close em Bráulio e Fabrício andando.
Bráulio- Tão fácil assim?
Fabrício- Esses funcionários mal-pagos pelo governo fazem tudo por dinheiro, acontecem muitos crimes em hospitais por causa de suborno.
Bráulio- Mas isso é por uma boa causa.
Fabrício pára em frente a uma sala.
Fabrício- É aqui mesmo.
Fade-in: Rock com Dendê (Instrumental)- Victor Pozas.
Bráulio e Fabrício entram na sala.
CORTA P/ SALA:
No local há um vestiário com trajes de médicos e enfermeiros. Eles vêem roupas que cabe neles e se trocam.
Bráulio- Você tá com medo?
Fabrício- O meu medo é de que a minha mãe tenha conseguido alguém para fazer o serviço sujo dela.
Bráulio- Ela é tão megera assim?
Fabrício- Nem queira ver.
Eles terminam de vestir as roupas de enfermeiros e saem da sala.
CORTA P/ CORREDOR:
Eles vão andando, apressados.
Fabrício (animado)- E em poucos minutos nunca mais ninguém vai ver a gente.
Bráulio (tocado)- Muito obrigado por querer proteger meu irmão, Fabrício. Eu nunca vou me esquecer disso.
Eles olham-se sorrindo.
Fabrício- Eu o amo.
Eles chegam ao leito de Gabriel, que fica animado.
Gabriel- Foram rápido.
Fabrício- Essa é a intenção. (T) Não viu se alguém ficou te olhando por aqui?
Gabriel- Não passou absolutamente ninguém.
Bráulio- Ótimo! –P/ Fabrício- Vamos?
Eles pegam a maca de Gabriel e vão empurrando.
Fade-out: Rock com dendê (Instrumental)- Victor Pozas.



CENA 5: MANSÃO DOS DANTAS/ SALA/ INTERIOR/ NOITE/
Dorotéia e Megan estão na sala olhando as mensagens no celular.
Dorotéia (furiosa)- Até agora nada!
Megan- Já que não tem nada, podemos falar de alguns assuntos do meu interesse. (T) Quero que você me garanta que a sua filha vai ficar de boca fechada.
Dorotéia- Isso eu não posso te garantir.
Megan- Pode e deve. (T) E outra coisa, eu quero que você me dê dinheiro, eu estou aguentando muita pressão em cima de mim.
Dorotéia (pasma)- Você tá ficando mal...
Elas são interrompidas pelo telefone que toca. Dorotéia atende, e a câmera alterna entre ela e seu comparsa.
Fade-in: Decolagem (Instrumental)- Victor Pozas.
Dorotéia- Alô?
Comparsa- O meu capanga tá na porta do hospital já, ele precisa saber qual é o número da placa do carro do seu filho.
Dorotéia- Eu vou olhar isso e te mando o número pelo whatsapp.
A mulher desliga a ligação.
Dorotéia (chamando)- Isolda, venha cá!
Megan- Você não vai fugir dessa conversa.
Dorotéia (farta)- Pelo amor de Deus, você não vê que eu tô ocupada agora, garota chata?
Isolda chega.
Isolda- Sim senhora.
Dorotéia- Pergunta pro motorista qual é o número da placa do carro que o Fabrício saiu.
Isolda- Apenas isso?
Dorotéia (impaciente)- Vai logo, sua praga!
Rapidamente Isolda vai.
Dorotéia (P/ Megan)- E antes que fale alguma coisa. Eu não quero saber de mais nada até eu resolver essa situação.
As duas se olham, estressadas.
Fade-out: Decolagem (Instrumental)- Victor Pozas.
CENA 6: CASA DE EDUARDO/ SALA/ INTERIOR/ NOITE/
Todos terminam de comer a sobremesa.
Paty- Foi um jantar agradável, apesar do que aconteceu antes dele.
Eduardo- Não vamos pensar nisso.
Madá- Pois eu acho que esse assunto não é pra ser esquecido, eu conheço a irmã que eu tenho e eu sugiro que vocês tomem muito cuidado com ela.
Fade-in: Lago dos Cisnes (Instrumental)- Rodolpho Rebuzzi.
Paty- Acha mesmo que ela seria capaz?
Madá- Eu não acho, eu tenho certeza. (T) Ela nunca teve consideração pelo meu pai que cortou um dobrado pra criar a gente.
Eduardo (preocupado)- Meu Deus, quem é essa mulher?
Madá- Eu não sei, eu só sei que não dá pra imaginar quem venceria em uma luta entre ela e Lúcifer.
Patrícia fica tensa.
Madá- Bom, eu preciso ir. Tenho que ficar com meu pai.
Ícaro- Eu vou acompanhar ela.
Ícaro e Madá se despedem de Eduardo, Patrícia e Manu e vão.
Manu (solidária)- Não fica assim, Paty.
Paty- Não é que eu me importe dela ser pobre, porque isso não tem nada a ver. (T) Ela mentiu pra mim, sabe? Nunca me deixou fazer parte da vida dela como ela fez com a minha. Por mim o pai dela poderia ser até um mendigo.
Eduardo- O problema é que ela não pensa assim como você.
Paty sente vontade de chorar.
Paty (retirando-se da mesa)- Com licença...
Ela levanta e vai pra fora. Eduardo vai atrás.
CORTA P/ RUA:
Paty está chorando, Eduardo a abraça por trás.
Fade-in: Give me Love- Ed Sheeran.
Eduardo- Você não precisa se preocupar, meu amor.
Paty- É muito ruim, Edu. É horrível saber que você foi enganada por anos.
Eduardo- Mas pense também que isso foi um livramento. (T) Não acha?
Paty- Sim, mas dói, eu confiava tanto nela. Era como se fosse uma irmã pra mim.
Eduardo- Pode ter perdido uma amiga, mas ganhou um homem que está disposto a ficar do seu lado para o que for preciso.
Patrícia vira-se, ficando de frente para Eduardo. Eles se beijam apaixonadamente.
Fade-out: Give me Love- Ed Sheeran.
CENA 7: HOSPITAL PÚBLICO/ ESTACIONAMENTO/ EXTERIOR/ NOITE/
Dois homens estão parados no estacionamento em frente ao hospital. Eles olham para o celular.
Capanga 1- Cadê essa mulher que não manda logo essa placa desse carro?
Capanga 2- Pelo menos tivemos a sorte grande de nenhum carro sair.
O capanga 2 avista duas pessoas saindo com um homem e colocando-o dentro do carro.
Capanga 2- Ei, não é aqueles lá?
Capanga 1- Eu não sei, eles não me mandaram nada ainda.
Chega uma mensagem no celular do capanga 1. Ele mostra para o homem.
Capanga 1- Não perde tempo, vai lá no carro olhar se a placa é essa.
CORTA P/ DENTRO DO CARRO DE FABRÍCIO:
O filho de Dorotéia está na direção. Enquanto Bráulio está do seu lado, Gabriel está atrás. Fabrício dá a partida. O capanga 2 consegue ver a placa e confirma.
Capanga 2 (fala alto)- É ele!
Fade-in: Explosion (Instrumental)- Eduardo Queiroz.
Fabrício ouve. O capanga 1 entra no carro e rapidamente dá a partida, pegando o seu companheiro para eles irem atrás de Fabrício.
Uma imagem aérea mostra os dois carros em alta velocidade. Close agora no carro dos bandidos. O capanga 2 está com o rosto do lado de fora e tenta acertar o pneu do carro com um tiro, mas falha. Ele dá outro tiro no vidro do carro. Um carro de polícia que passava por ali, ouve os tiros e vai atrás dos carros.
CORTA P/ CARRO DE FABRÍCIO:
Fabrício- O que eu disse? A minha mãe não iria deixar essa história assim desse jeito não.
Bráulio- Com a polícia perseguindo eles, temos mais chances.
Fabrício- Você não percebe que a polícia também vai querer para a gente não?
Gabriel- Se acalmem.
Fabrício continua dirigindo em alta velocidade.
CORTA P/ CARRO DOS BANDIDOS:
Eles estão desesperados.
Capanga 1- Droga, e se a polícia pegar a gente?
Capanga 2- Eu sugiro que você pise com mais força no acelerador.
O barulho da sirene é ensurdecedor.
Capanga 1- Atira no carro da polícia. (T) E pelo amor de Deus, fura os pneus deles.
O capanga 2 coloca a cabeça pra fora e tenta atirar no pneu da polícia, mas ele não consegue acertar. Ele dá novamente outro tiro, mas não acerta de novo.
Capanga 2- Droga, eu não conseguir.
Capanga 1 (furioso)- Seu idiota!
O capanga 2 coloca a cabeça pra dentro.
Capanga 1 (exaltado)- Era melhor nem ter tentando, seu otário!
Eles sentem o carro perdendo velocidade e abaixar um pouco.
Capanga 1 (em pânico)- Eles acertaram a gente.
Capanga 2- Vão nos pegar.
Close nos 3 carros, o de Fabrício mais longe. O dos bandidos atrás e o de polícia quase os alcançando. Um policial atira na outra roda do carro. E os bandidos são obrigados a parar. Eles saem do carro e correm. De nada adianta, pois são cercados por policiais mais a frente. Eles são algemados.
Fade-out: Explosion (Instrumental)- Eduardo Queiroz.
CENA 8: MANSÃO DOS DANTAS/ PORTÃO/ EXTERIOR/ NOITE/
Um carro estaciona em frente a mansão. Eduardo e Paty descem. Eles ficam de frente para o outro.
Eduardo- Tá melhor?
Paty- Acho que não dá pra ficar mal enquanto você fica ao meu lado. (T) Você tem uma energia que me faz querer ficar bem.
Eduardo coloca uma mão no rosto de Patrícia e com a outra, segura a sua mão.
Fade-in: Kiss Me- Ed Sheeran.
Eduardo- Sabe, Paty, eu não sei se a Megan é a única amiga que você tinha, mas saiba de uma coisa... Eu estou aqui disposto a ser seu amigo. (T) Você pode me contar o que você quiser.
Paty- Você tá se demonstrando tão maravilhoso.
Ele vai aproximando o seu rosto do rosto dela.
Eduardo (sussurra)- Posso ser muito mais se você quiser.
Paty (ofegante)- Me diz o que você pode ser.
Eduardo- Além de seu amigo, posso ser seu namorado.
Paty puxa rapidamente o rosto de Eduardo e eles se beijam, apaixonadamente. Após algum tempo, eles afastam seus rostos lentamente, segurando a mão um do outro.
Paty- Mas não iríamos nos conhecer?
Eduardo- Hoje quando vi você chorando, eu entrei em desespero, Paty. (T) Se isso não é uma certeza de que tô apaixonado por você, eu não sei o que é isso que senti. (T) É como se eu quisesse estar abraçado com você o tempo todo... E te proteger, e nunca mais deixar você sair, só pra ter certeza de que ninguém vai te machucar.
Num impulso Paty dá um abraço em Eduardo. Ela fecha os olhos sentindo-se segura.
Paty (apaixonada)- Como eu queria ficar assim pra sempre...
Eles se beijam novamente. E após alguns segundos, Eduardo se afasta, rindo carinhosamente.
Eduardo- Maravilhosa...
Eles dão um selinho.
Paty- Tem certeza que não podemos parar o tempo?
Eduardo (brincando)- Só um momento. – Olha p/ o céu unindo as mãos- Senhor, em nome de Jesus, pare o tempo.
Patrícia e Eduardo sorriem um para o outro.
Paty- Bobo! (T) Você me trouxe em casa, vai embora como?
Eduardo- Como eu voltei, de Uber.
Paty- Ai eu não quero que você fique gastando dinheiro assim. (T) Eu vou chamar no meu celular e paga pelo cartão de crédito.
Eduardo- Para com essa bobeira.
Eduardo mexe no celular e chama o Uber.
Eduardo- Bom, enquanto ele não vem, podemos aproveitar.
Paty (sorridente)- Ah é?
Eles se aproximam, se beijando.
CENA 9: DELEGACIA/ SALA DO DELEGADO/ INTERIOR/ NOITE/
Os capangas de Dorotéia estão sentados em frente ao delegado. Eles estão algemados e dois policiais estão atrás deles.
Delegado- Eu espero que vocês entendam uma coisa. Eu vou ser bem claro e vou falar uma vez só. Eu não sei o que vocês estavam fazendo atrás daquele carro, mas espero que vocês me contem a verdade, não sei se estavam tendo alguma guerra com eles, se estavam atrás deles a mando de alguém, seja lá o que for, eu quero saber o que está acontece. E lembrem-se de algo, se estiverem protegendo alguém, vocês vão se dar muito mal, pois quem vai passar um tempo atrás das grades serão vocês. (T) Não achariam justo serem apenas cobaias, né?
Os capangas olham um para o outro, fixamente. O delegado repara a expressão deles.
Delegado- Eu seria muito imbecil de acreditar em vocês se me disserem que estão sozinhos nessa. Ainda mais depois desse jeito que estão se olhando. (T) –Intimidando- Vocês não tem algo pra me contar?
O capanga 2 olha para o capanga 1.
Capanga 2- Dorotéia.
Fade-in: Decolagem (Instrumental)- Victor Pozas.
Seu parceiro olha-o com repreensão.
Delegado- Que Dorotéia é essa?
Capanga 1- Dorotéia Medeiros.
Capanga 2- Mentira, ela se chama Dorotéia Dantas, ela é uma dama da sociedade. Ela é mãe de um menino que estava dirigindo o carro.
Delegado (P/ o capanga 1)- Por que tá acobertando ela?
Capanga 2 (P/ o companheiro)- É cara, ela tá pouco se lixando pra gente. (T) Vamos contar tudo o que sabemos para ele... Se bem que a única coisa que sabemos é que tínhamos que dar um fim num tal de Gabriel.
Delegado (intrigado)- Gabriel? Conte-me mais sobre isso.
Capanga 1- Então Sr. delegado, eu e meu colega recebemos uma ligação para trabalhar pra ela....
O som vai abafando, enquanto o delegado ouve tudo atentamente.
Fade-out: Decolagem (Instrumental)- Victor Pozas.
CENA 10: MANSÃO DOS DANTAS/ SALA/ INTERIOR/ NOITE/
Megan e Dorotéia se encaram, friamente.
Fade-in: Dissimulado (Instrumental)- Victor Pozas.
Megan- É a última vez que eu te falo, Dorotéia, eu preciso de dinheiro.
Dorotéia- Agora que o Fabrício sumiu você quer o quê?
Megan- Não importa, enquanto eu pude, eu cumpri com a minha palavra, se você não está disposta a cumprir, aí sim você vai se ver comigo.
Dorotéia (diabólica)- Você tá me ameaçando, garota?
Megan- Me entenda como quiser... E saiba de uma coisa, sua velha, se você não me dar esse dinheiro, você não vai querer me conhecer.
Dorotéia- VAI EMBORA DA MINHA CASA?
Megan- EU NÃO VOU ATÉ VOCÊ ME DAR O QUE EU MEREÇO.
Dorotéia- SE VOCÊ NÃO FOR, EU MANDO CHUTAR VOCÊ DAQUI DE CASA FEITO A CADELA QUE VOCÊ É. (T) SUA OPORTUNISTA, COMO EU PUDE PENSAR EM FAZER PACTO COM ALGUÉM COMO VOCÊ?
Alessandra vem descendo as escadas e Paty entra, vendo aquela discussão.
Alessandra (preocupada)- Mas que gritos são esses?
Paty (P/ Dorotéia)- O que essa vagabunda tá fazendo aqui, mãe?
Dorotéia (P/ Alessandra e Paty)- Por que não vão cuidar da vida de vocês.
Megan (maléfica)- Sabe o que eu tava pensando? É uma boa ideia vocês terem chegado. –P/ Dorotéia- Agora sim você vai me conhecer, sua desgraçada!
Alessandra- Do que é que você tá falando, sua louca?
Dorotéia- Não é da sua conta, Alessandra.
Fade-out: Dissimilado (Instrumental)- Victor Pozas.
Megan (dissimulada)- Mas é claro que é da conta dela, não é Dorotéia? –Olha p/  Patrícia- É da conta da Paty também.
Paty- Fala logo o que é, cachorra!
Megan- A sua mãe está andando misteriosa demais, não acha? –Olha p/ Alessandra- Vocês acham mesmo que a Dorotéia é a santa que sempre diz ser? Eu vi ela te julgando aquele dia, mas ela não tem moral nenhuma pra falar de você, porque pelo menos não tava ofendendo ninguém. Mas ela...
Dorotéia- CALA A BOCA, SUA FILHA DO DIABO!
Fade-in: Pike Ppk (Instrumental)- Eduardo Queiroz.
Megan- Tem certeza que é só eu quem vou pro inferno, sua esquizo? Por que não conta para as ingênuas que eu e o Fabrício estávamos namorando de mentira, porque você o chantageou?
Paty- Isso não é segredo pra ninguém.
Megan- Mas o que é segredo pra vocês é que a sua mãe armou para o namorado do Fabrício parecer um assassino, ela guarda provas contra o coitado. Ela também mandou um bandido jogar o carro pra cima do carro do menino, que está hospitalizado, e sabe qual é a quentinha de agora?
Dorotéia- VAGABUNDAAAAAAA!
Ela fala isso acertando uma bofetada no rosto de Megan, que revida.
Megan (furiosa)- Não encosta em mim, sua esclerosada. –P/ Paty e Alessandra- E continuando, ela mandou matar o namorado do Fabrício no hospital.
Alessandra e Patrícia ficam chocadas.
Alessandra (boquiaberta)- Isso não é possível!
Megan- É possível sim, -sarcástica- não é Dorotéia?
Close no rosto cínico de Megan.
A câmera se divide em 4, dando um close nos rostos de cada uma delas. A imagem congela.

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