Capítulo 9:
CENA 1: MANSÃO DOS DANTAS/ SALA/
INTERIOR/ NOITE/
Continuação imediata da última
cena do cap. anterior. Alessandra e Patrícia encaram Dorotéia, chocadas,
enquanto Megan sorri, triunfante.
Megan (debocha)- Qual o gostinho da derrota, Dorotéia?
Dorotéia (sangue nos olhos)- Maldita, você não vai viver muito pra contar
história, sua mentirosa. –P/ Alessandra
e Paty- Isso é mentira, a Megan está inventando histórias!
Megan (segura)- Ah não? –P/
Alessandra e Paty- Peçam pra dar uma olhadinha no whatsapp dela.
Fade-in: Pelourinho
(Instrumental)- Victor Pozas.
Paty (enfrenta)- Isso mesmo, mãe. (T) Por que não nos deixa olhar seu celular?
Alessandra (sarcástica)- É claro, se não tiver nada a temer.
Dorotéia (desconcertada)- Mas é claro que não... Que palhaçada é essa? (T) Quer dizer que vocês preferem
acreditar nessa daí –olha p/ Megan- do
que em mim?
Alessandra- A questão é que você nunca foi confiável,
Dorotéia! –Estende a mão- Vamos?
Passa pra cá o seu celular?
Dorotéia (autoritária)- Vocês não mandam em mim... Quer dizer, quem vocês
pensam que são pra me exigir alguma coisa? –P/
Alessandra- Você é uma velha que vive sendo tarada por àqueles seus machos
escrotos e nojentos, -P/ Paty- e
você eu nem preciso dizer o que acho daquele empregadinho, né?
Paty- Mas a única diferença entre eu, minha avó e a
senhora, é que nós duas temos caráter e não temos nada pra esconder. (T) E fique sabendo de uma coisa, D.
Dorotéia, se acontecer alguma coisa pro meu irmão, eu vou te denunciar para a
polícia!
Dorotéia fica pasma com o que
ouve de Paty, que sobe. Alessandra expressa um olhar furioso para a filha, mas
decide subir. Enquanto Megan, se põe rindo, sentindo-se vitoriosa.
Megan (caçoa)- Eu disse pra você não brincar comigo, Dorotéia. (T) Nunca nessa sua medíocre vida tente
me enfrentar, porque senão vai se dar mal.
Dorotéia (diabólica)- Isso não vai ficar assim, sua ratazana, você me
paga!
Megan (debochada)- Aceita cartão de crédito?
Megan manda um beijo para
Dorotéia, que está puta de raiva, e sai da mansão.
Dorotéia- Você não perde por esperar, sua vadiazinha de
quinta.
Fade-out: Pelourinho
(Instrumental)- Victor Pozas.
Close em Dorotéia com sangue nos
olhos.
CENA 2: MANSÃO DOS DANTAS/ QUARTO
DE ALESSANDRA/ INTERIOR/ NOITE/
Paty está com o telefone no
ouvindo, e sem resposta alguma, ela bloqueia o aparelho, desapontada.
Alessandra (aflita)- E aí?
Paty- Nada, vovó. Ele não atende o celular.
Alessandra- Mas tá chamando?
Paty- Tá sim, mas com certeza ele pode achar que a minha
mãe está com a gente, por isso não quer atender.
Alessandra (tensa)- E se ele tiver sumido? –Amedrontada- Ai, meu Deus, eu não quero nem pensar nisso.
Paty (tensa)- Ai pelo amor de Deus, vovó. Vira essa boca pra lá.
(T) Eu tenho fé de que não aconteceu
nada com ele, a minha preocupação é de como ele vai se virar.
Alessandra (esperançosa)- Já sei!
Fade-in: Vielas (Instrumental)-
Victor Pozas.
Paty (ansiosa)- Então diga logo o que é.
Alessandra (fala baixo)- Podemos rastrear o carro que ele tá, e assim
descobriremos aonde ele tá indo.
Paty (cochicha)- Vó, pelo
amor de Deus, a minha mãe não pode ter pensado o mesmo que a gente, porque
senão ela vai fazer um inferno!
Alessandra (fala baixo)- Amanhã mesmo podemos ir a seguradora do carro e
pedir eles para desligarem o rastreador do carro.
Elas se olham, com esperanças.
Fade-out: Vielas (Instrumental)-
Victor Pozas.
CENA 3: ESTRADA/ INTERIOR/ NOITE/
Fabrício está dirigindo o carro,
tenso. Bráulio está no banco de passageiro na frente e Gabriel atrás.
Fabrício- Foi por pouco.
Bráulio- Você que me perdoe, cunhado, mas que tipo de mãe é
a sua?
Fabrício- O tipo de uma rica típica da sociedade paulistana
que adora esconder o que acha que é sujeira por debaixo dos panos. (T) Por mais que tenha sido duro,
talvez foi o melhor. (T) Você não
sabe a sensação de liberdade que tô sentindo agora, Bráulio.
Fade-in: Amores Distantes
(Instrumental)- Rodolpho Rebuzzi.
Bráulio (impressionado)- Sério? Não sabia que era tão difícil pra você
assim, pelo contrário, até pensei que seria mais fácil.
Fabrício (lacrimejando)- Não, Bráulio. Você não faz ideia do inferno que
foi quando me assumi gay. Não é nada fácil, sabe?
Bráulio- Eu nem sei o que falar...
Fabrício- Não precisa falar nada, você já demonstrou em
atitude que não liga pra isso, que é normal eu ser gay, que eu não sou uma
aberração, e isso já basta. (T) Acho
tão bonita essa sua relação com o Gabriel, vocês se amam sem preconceitos, você
não se importa em demonstrar carinho com ele, porque vejo a afetividade de
tantos irmãos acabando depois que um se assume gay. Graças a Deus eu tenho uma
irmã maravilhosa, uma avó magnífica, e é uma pena não poder falar isso da minha
mãe. –Chorando- Mas tudo bem, a vida
não é só flores.
Fabrício olha pelo retrovisor
interno e vê Gabriel dormindo.
Fabrício (agradecido)- Obrigado, Deus, por proteger a gente, e nos livrar
da morte.
Os olhos de Bráulio enchem-se de
lágrimas.
Bráulio (sorri)- Vamos embora porque a vida segue, e agora, será
melhor do que nunca.
Ele segura na mão direita de
Fabrício.
Bráulio- Forças, eu vou estar com você e meu irmão.
Fabrício- Obrigado, de verdade mesmo...
Eles sorriem um para o outro.
Imagem aérea do carro, que aumenta a velocidade.
Fade-out: Amores Distantes
(Instrumental)- Rodolpho Rebuzzi.
CENA 4: HOSPITAL PÚBLICO/
INTERIOR/ NOITE/
Madá e Ícaro estão sentados ao
lado de Antônio, que está perplexo.
Antônio- Não tô acreditando nisso... –Decepcionado- Filha, por que você fez isso com sua irmã? Você não
é assim, Madá, você não é igual ela!
Fade-in: Lago dos Cisnes
(Instrumental)- Rodolpho Rebuzzi.
Madá- Ai, pai, eu sei que pode ser difícil entender, mas
a Megan estava enganando todo mundo. (T)
Ela estava prestes a fazer da vida daquele pessoal um inferno, assim como
ela faz com a nossa.
Antônio- Sinceramente, filha, eu estou muito desapontado
com você.
Madá e Ícaro olham-se, tensos.
Madá- Eu sei que agora o senhor pode não entender, mas
vai ver que o que eu fiz, foi o melhor. (T)
Pai, pelo amor de Deus, olha pra tudo o que a Megan já te fez passar, todas
as humilhações... Você tem mesmo certeza de que quer que alguém passe por isso?
Ícaro- Sr. Antônio, me perdoa, mas eu também concordo com
a Madá... (T) Eu sei que a Megan é a
sua filha, mas ela já estava passando dos limites.
Antônio encara Ícaro, e depois
Madá. Ele vira-se para o lado e fecha os olhos.
Madá (P/ Ícaro)- Vai passar, ele só tá preocupado com a minha irmã,
porque sabe que ela pode fazer mais besteiras do que já faz.
Ícaro dá um abraço e um beijo na
testa de Madá.
Fade-out: Lago dos Cisnes
(Instrumental)- Rodolpho Rebuzzi.
CENA 5: CASA DE ANTÔNIO/
EXTERIOR/ NOITE/
Um carro pára em frente à casa.
Megan desce e vai até a porta, destrancando. Ela é surpreendida quando uma mão
agarra seu braço. Ao ver quem é, ela se depara com Abner.
Fade-in: Dissimulado
(Instrumental)- Victor Pozas.
Megan (assustada)- O que você tá fazendo aqui, seu estrupício?
Abner (suplica)- Por favor, Megan, me dá uma chance? Eu não consigo
te esquecer!
Megan solta seu braço da mão
dele.
Megan- Agora você quer uma chance? (T) E por que eu deveria te dar?
Abner- Porque eu amo você. (T) Me perdoa, Megan, eu fui um babaca!
Megan- Pelo menos reconhece.
O homem se ajoelha diante dela. O
sorriso da mulher vai aparecendo, até ela gargalhar.
Megan (debocha)- Levanta daí, seu palhaço! (T) Era só o que me faltava!
Abner- Eu quero você, Megan. (T) Eu prometo que agora vai ser tudo diferente... Eu juro...
Megan (pensativa/debochada)- Deixa eu ver.... –Virando as costas- Não, obrigada!
A mulher vai entrar na casa, mas
Abner puxa-a e a beija. Megan empurra ele e lhe dá uma bofetada.
Megan- As coisas só funcionam do meu jeito, e eu não
quero você!
Abner- Eu não vou desistir de você. (T) Eu sei que você me quer ainda, Megan... Me lembro de todos os
momentos que tivemos na cama... –Safado-
Você ficava louca.
Megan (desdenha)- É... Não era tão mal assim, mas isso é passado,
baby. (T) Passar bem!
A mulher entra, deixando Abner
esperançoso.
Fade-out: Dissimulado
(Instrumental)- Victor Pozas.
CENA 6: AMANHECE/ SEGURADORA DE
CARROS/ INTERIOR/
Patrícia e Alessandra estão
sentadas em frente a mesa de um atendente, que chega e toma seu lugar.
Atendente- Me perdoem pela demora, eu estava com um problema.
Alesandra- Não tem problema.
Atendente- Em que posso ajudá-las?
Paty- Bom, nós queríamos que você desligasse o
rastreador de um carro.
Atendente (intrigado)- Posso saber o motivo?
Paty- Nós precisamos que você confie na gente. (T) A minha mãe não pode saber nunca
aonde meu irmão está, ela pode ir atrás dele e acontecer uma tragédia.
Atendente- E como eu vou saber que posso confiar em vocês?
Alessandra- Eu sou mãe da dona desse carro, e eu estou dizendo
que a minha filha é uma víbora.
Atendente- Me perdoe, senhoritas, eu não posso fazer isso sem
a autorização da dona do veículo. (T) Infelizmente
o que mais tem é familiares com rivalidade, e mesmo que estejam falando a
verdade, eu não sei quem é vocês.
Paty- Por favor.
Atendente- Me desculpem, mas não. (T) Mas se vocês quiserem, podem alterar a senha do rastreador, já
que cada carro tem um rastreador individual.
Fade-in: Ambiguidade
(Instrumental)- Victor Pozas.
Alessandra- Mas ela pode vir aqui e pedir a senha pra vocês,
certo?
Atendente- Sim, mas vocês precisam fazer essa alteração pelo
sistema, eu não posso fazer isso por vocês.
Paty (P/ Alessandra)- Não importa, vó. É a nossa única salvação nesse
momento. (T) Temos que ganhar tempo!
Elas levantam-se.
Alessandra (P/ o atendente)- Muito obrigada.
Atendente- Me desculpem por não poder ajudá-las.
Paty- Sabemos que é o seu trabalho. –P/ Alessandra- Vamos depressa!
Elas vão, apressadas.
Fade-out: Ambiguidade
(Instrumental)- Victor Pozas.
CENA 7: CASA DE EDUARDO/ SALA/
INTERIOR/ MANHÃ/
Eduardo está em casa, limpando a
sala. A campainha toca, e ele abre. O homem é surpreendido com a chegada de
Dorotéia, que entra.
Fade-in: Tony Crimes
(Instrumental)- Rodolpho Rebuzzi.
Eduardo (estressado)- Por acaso eu deixei você entrar na minha casa?
Dorotéia- Eu não me lembro de ter pedido sua permissão,
afinal você entrou na minha várias vezes.
Eduardo- Deve ser porque eu fui chamado, não?
Dorotéia- Bom, eu não estou aqui pra saber se você me chamou
ou não na sua casa. (T) Eu quero que
você me faça um favor. E acredite, vai ser muito bem pago para isso.
Eduardo (intrigado)- Do que você tá falando, sua louca?
Dorotéia- Eu sei que você é pai de dois filhos e vive desse
seu empreguinho meia-boca...
Eduardo (interrompe)- Empreguinho meia-boca que você estava adorando, né
sua ordinária? (T) Se você veio a
minha casa pra me insultar, pode ir embora. –Aponta p/ a porta- E se não for pedir muito, antecipa logo o
assunto pra você vazar daqui.
Dorotéia (debocha)- Nossa que grosso. (T) Imagino o porquê da minha filha gamar em você.
Eduardo- Isso só pode ser brincadeira, vem aqui na minha
casa me insultar e agora tá dando em cima de mim?
Dorotéia esboça um sorriso.
Dorotéia- Como eu estava dizendo, eu preciso da sua ajuda. (T) Tenho certeza que você vai
conseguir isso. (T) Bom, sem mais
delongas, eu quero que você arranque da Patrícia o paradeiro do Fabrício, e
como recompensa, R$ 2.000.000,00, o que acha?
Eduardo (desacreditado)- Você só pode ser louca.
Dorotéia- R$ 4.000.000,00 é a minha última oferta.
Eduardo (furioso)- VAI EMBORA DA MINHA CASA!
Dorotéia- Eu sei que pode ser uma pressão nessa momento, mas
eu volto a te procurar.
Eduardo- Não precisa. Já tem a minha resposta.
Dorotéia manda um beijo para
Eduardo, e vai embora, deixando-o chocado.
Fade-out: Tony Crimes
(Instrumental)- Rodolpho Rebuzzi.
CENA 8: ILHABELA-SP/ MANSÃO DE
BRÁULIO/ QUARTO DE FABRÍCIO/ INTERIOR/ MANHÃ/
Gabriel está dormindo. Fabrício
entra no quarto fazendo o menor barulho possível. Ele está com uma bandeja na
mão e coloca no criado-mudo ao lado. Só que ele deixa uma colher cair no chão,
acordando Fabrício. Eles se olham, sorridentes.
Gabriel (sonolento)- Oi, belo.
Fabrício (apaixonado)- Amor, como você está?
Gabriel- Muito melhor. (T)
Agora que estamos longe de tudo e todos, estou muito bem. –Bate a mão na cama- Senta aqui do meu
lado.
Fabrício senta-se. Gabriel o
puxa, dando um beijo.
Fabrício- Tô sentindo uma sensação de liberdade, belo.
Eles sorriem carinhosamente.
Gabriel- É um paraíso esse lugar, né?
Fabrício- Sim, dá pra fazer várias fotos e ter momentos pra
lá de românticos aqui.
Gabriel (malicioso)- Ah é? Mal posso esperar pra ver todo esse
romantismo.
Fabrício- Nem me fale. –Pega
a bandeja com o café- E eu sugiro que você tome café.
Gabriel- Já tomou?
Fabrício- Imagina se eu iria perder a oportunidade de tomar
café com meu cunhado pela primeira vez. (T)
O Bráulio é uma pessoa maravilhosa.
Gabriel (admirado)- Sim, eu o amo muito. (T) Ele sempre esteve do meu lado.
Eles continuam conversando e o
som vai abafando.
Fade out: Que Lo Nuestro Se Quede
Nuestro- Carlos Rivera.
CENA 9: MANSÃO DOS DANTAS/ SALA/
INTERIOR/ MANHÃ/
Alessandra chega em casa,
apressada.
Alessandra (chamando)- Isolda?
Close na mulher, que vem
rapidamente ao encontro da senhora.
Isolda- Oi, D. Alessandra?
Alessandra- A cobra tá em casa?
Isolda- Deve ter ido trocar de pele, por quê?
Alessandra- Preciso que você chame o motorista para eu falar
com ele.
Isolda- Impossível, ele saiu com a cobra... Digo, D.
Dorotéia.
Fade-in: Decolagem
(Instrumental)- Victor Pozas.
Alessandra- Que saco! (T)
Eu preciso falar com ele antes que a Dorotéia tenha a brilhante ideia de
rastrear o carro do Fabrício.
Isolda- Eu hein? Vira essa boca pra lá. (T) Acha que ela vai pensar mesmo
nisso?
Alessandra (tensa)- Daquela ali eu espero tudo de ruim. (T) Mas eu já tive uma ideia pra deixar
a mente dela ocupada.
Isolda- E o que vai fazer?
Alessandra- Aguarde só e vai ver.
Close em Alessandra fazendo uma
ligação.
Fade-out: Decolagem
(Instrumental)- Victor Pozas.
CENA 10: CASA DE EDUARDO/ SALA/
INTERIOR/ MANHÃ/
Paty entra, dando um beijo em
Eduardo.
Paty (afobada)- Vim o mais rápido que pude. (T) Por que me chamou aqui com urgência?
Eduardo- Sua mãe veio aqui em casa hoje.
Paty (pasma)- A minha mãe? O que ela queria? (T) Ela não fez nada com você não, né?
Eduardo- Se acalma... Comigo não, mas ela quer fazer com
seu irmão.
Paty- Ai eu sabia!
Eduardo- Ela me ofereceu R$ 4.000.000,00 pra eu tirar de
você aonde o Fabrício está e falar pra ela.
Paty (furiosa)- Meu Deus, como essa mulher pode ser minha mãe? –Sorrindo- Bom, pelo menos há uma
notícia boa nisso.
Fade-in: Subindo a Ladeira
(instrumental)- Victor Pozas.
Eduardo (confuso)- Boa notícia? Como assim?
Paty- Ela ainda não pensou em olhar o rastreador do
carro.
Close no celular de Patrícia
chamando. Ela estranha ao ver um número desconhecido.
Paty (olha p/ Eduardo)- Desconhecido.
Rapidamente ela atende, a câmera
alterna entre ela e Fabrício.
Fabrício- Paty?
Paty (impactada/lacrimejando)- Fabrício?
Close nos dois sorrindo um para o
outro.
Fade-out: Subindo a Ladeira
(instrumental)- Victor Pozas.
CENA 11: CASA DE ANTÔNIO/
COZINHA/ INTERIOR/ TARDE/
Megan está com um pacote de
biscoito na mão. Seu telefone toca.
Megan (furiosa)- Ai que inferno, não pode nem comer direito!
Ela vê que é Madá.
Megan- Aposto que a vadia mirim tá precisando de mim.
Megan atende a ligação.
Megan- O que foi? (T)
Ai que saco, tem certeza mesmo que eu preciso ir aí nessa porcaria de
hospital? (T) Tá, eu vou levar.
Ela desliga o telefone.
Megan- Tomara que não saia um rato daquelas gavetas
nojentas.
CORTA P/ QUARTO DE ANTÔNIO:
Megan vai até o guarda-roupa do
homem e mexe em alguns envelopes, com papéis, procurando algo.
Megan (pensativa)- Aonde será que tá, hein?
Ao tirar a gaveta do
guarda-roupa, ela sente uma coisa colada embaixo do objeto. Megan vira e vê um
envelope.
Fade-in: Lampejo (Instrumental)-
Victor Pozas.
Megan (surpresa)- Que isso?
A jovem retira a fita que colava
o envelope e abre, vendo alguns papéis judiciais. Ela lê o primeiro.
Megan (lendo)- Ao Sr. Antônio está concedida os 100% de toda a
fortuna de sua mãe, avaliada no valor de R$ 80.000.000,00. –Pasma- OITENTA MILHÕES DE REAIS?
Close em Megan, perplexa.
A
imagem foca no rosto de Megan, abismada e congela.
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