Ilusão - Capítulo 12 (Última Semana).



ILUSÃO

SEASON 1 - CAPÍTULO 12


ANTERIORMENTE: Jorge é morto;

Thiago e Jean se beijam;

Martha comemora o fim de Jorge;

Iza é presa.


CENA 01. CASA DE AGENOR. INT. SALA. NOITE.


PEIXOTO - Você está presa pela morte de Jorge Albuquerque.


IZA - Pela morte de quem? Pera aí, eu não tô entendendo...


PEIXOTO - Você não precisa fingir, nós te vimos entrando na mansão, você cometeu um crime mas foi burra, esqueceu que na casa havia câmeras.


AGENOR - Do que ele tá falando, filha?


IZA - Não sei pai, eu não tô entendendo nada. Que crime eu cometi?


PEIXOTO - Garota, não adianta fingir, mas tudo bem... eu vou refrescar sua memória, talvez seu pai não sabe o que tipo de gente que é você - Ele os conta a história do ponto de vista da polícia e das investigações - Você foi até a mansão da família Ferraz se encontrar com alguém, e esse alguém, o senhor Jorge, foi esfaqueado por você que fugiu. Garota, pensou que ninguém iria te encontrar, né? Mas surpresa, nós te achamos.


IZA - Eu não fiz nada disso.


PEIXOTO - Então como aquele cadáver e principalmente você foram parar lá?


IZA - Eu não sei, eu juro juro por tudo que é mais sagrado, eu não sei. Eu fui lá, mas fui para encontrar o Bruno, meu noivo. Ele me mandou uma mensagem pedindo para que eu o encontrasse lá.


PEIXOTO - Você tem como provar?


IZA - Tenho, ele me mandou a mensagem e eu fui, mas quando cheguei ele não estava. Tinha apenas um emprego da família.


PEIXOTO - Você por favor nos acompanhe e leva o celular, na delegacia você vai prestar depoimento e fazer o retrato falado desse homem. Vamos ver se você é mesmo inocente… mas tudo leva a crer que você é culpada e se for, garota... você está encrencada.


AGENOR - Filha, eu vou junto.


IZA - Olha no olho de seu pai - Pai, eu te juro, não fiz isso.


AGENOR - Eu sei que não, acredito em você.


PEIXOTO - Então, vamos?


CODINA - Para Agenor - Vai meu filho, vai ficar tudo bem.


Do lado de fora.


Iza é algemada e colocada no porta malas do camburão, os vizinhos saem para fora para vê-la.


AGENOR - O que é? Perderam alguma coisa aqui? Vão casar o que fazer!


CENA 02. CASA DE PRAIA DE LARISSA. INT. SALA. NOITE.


LARISSA - Alo?


Codina conta a Larissa o que houve.


LARISSA - Presa?


CODINA -  Sim, estão dizendo que ela matou um homem, levaram ela pra delegacia.


LARISSA - Eu tô indo pra aí.


CENA 03. DELEGACIA SALA DO DELEGADO. INT. NOITE.


PEIXOTO - A senhora por favor, sente-se, o delegado já vem. Antes, por favor vou coletar suas digitais, pra ver se batem com as da arma do crime.


Ele coleta as digitais dela.


O delegado Almeida chega. 


PEIXOTO - Com licença senhor, vou mandar para perícia.


DELEGADO - Manda andarem logo com isso.


Ele senta na cadeira e fica frente a Iza


DELEGADO - Então, me diga. Por que você o matou ?


IZA - Eu não matei ninguém.


DELEGADO - Garota, vai ser muito mais fácil pra todo mundo se você confessar de uma vez. 


Sou inocente, não vou confessar um crime que não cometi.


DELEGADO - Você tem noção do tempo de cana que você pode pegar? De 25 pra cima. você não quer isso, não é? Pois então, garota, diga logo de uma vez. Diga que foi um crime passional, confesse e economizamos tempo, dinheiro e disposição, e você como recompensa garante uma redução de no mínimo 10 anos da sua pena.


IZA - Eu sou inocente, vocês estão cometendo um engano. Vai ficar provado que não tenho nada a ver com isso.


DELEGADO - Já vi que vai ser difícil. Pois bem, vou coletar seu depoimento. Diga-me detalhadamente a sua versão do que aconteceu nesta tarde.


Ela narra.


IZA - Hoje as 3 eu recebi uma mensagem de meu noivo. Ele pediu para que eu encontrasse na mansão da família aqui na cidade, eu trabalhei lá durante as férias de verão, e foi lá que nos conhecemos. Eu fui até lá, mas na hora que eu cheguei fui recebida por um empregado.


DELEGADO - Qual é o nome deste empregado?


IZA - Ele não me disse.


DELEGADO - E você não perguntou?


IZA - Eu nem me dei conta, mas eu me lembro da fisionomia.


DELEGADO - Pode descrever?


IZA - Ele era alto, 1,80, um corpo Atlético, era moreno, cabelo ondulado e olhos verdes.


DELEGADO - Sim. E você entrou na casa?


IZA - Sim, eu entrei e foi lá dentro que ele me disse que meu noivo não poderia estar lá. Ele pediu meu celular emprestado, disse que o dele não pegava, depois disso ele me devolveu e eu fui embora.


DELEGADO - Você notou algo estranho?


IZA - Ele estava tenso, como se quisesse esconder alguma coisa ou com pressa.


DELEGADO - Mas alguma coisa?


IZA - É só isso, depois disso eu fui para casa.


DELEGADO - Tudo bem garota, vamos ver se tua historinha bate... enquanto isso você aguarda na sala ao lado.


Um tempo depois ela é chamada novamente a sala.


DELEGADO - Novidades. Vimos seu celular e suas impressões.


IZA - Eu disse pro senhor que era engano.


DELEGADO - Não seja tão apressada. No celular não há mensagem alguma, e a impressão digital da faca que o matou é a tua.


IZA - Como assim? Isso não é possível. Alguém armou isso.


DELEGADO - Olhe você mesma.


Ele entrega o celular para ela juntamente com a foto do exame de impressão digital da faca.


No celular realmente ela não encontro nada, mas reconhece a faca.


IZA - Desgraçada!


DELEGADO - Perdão?


IZA - Essa faca ela é da casa da minha sogra.


DELEGADO - Como assim?


IZA - No dia que eu fui lá, no meu jantar de noivado, eu vi essa faca. Ela caiu no chão e eu a peguei, deve ser por isso que tá combinando a digital, ou então porque era para eu pegar a faca. Armaram pra mim.


DELEGADO - Garota já chega, assume logo de uma vez.


IZA - Eu não cometi isso, vocês precisam investigar.


DELEGADO - Não nos diga o que fazer. Tudo aponta para você, o que você tem a fazer agora é esperar o julgamento e arcar com as consequências.


IZA - Por favor, eu te peço. Me ouve, foi ela, ela nunca gostou de mim. Você não acha estranho esse homem morrer justamente Na casa de praia dela? 


DELEGADO - Ela quem? Sua sogra?


IZA - Dona Marta Ferraz.




CENA 04. APARTAMENTO DA FAMÍLIA FERRAZ. PORTARIA. EXT . NOITE.


Jean de despede de Thiago.


JEAN - Foi ótimo essa noite.


THIAGO - Também achei, obrigado.


JEAN -  Você concorda que se ficarmos juntos precisamos tornar oficial.


Ele se ajoelha.


THIAGO -  Vai me pedir em casamento?


JEAN - Bobo, vou te pedir em namoro, aceita?


Balança a cabeça em sinal de sim.


JEAN - Eu quero ouvir


THIAGO -  Sim, sim, sim.


Eles se beijam


JEAN - Então a partir de hoje é oficial, nós somos namorados, os melhores que há.


CENA 05. APARTAMENTO DA FAMÍLIA FERRAZ. INT. SALA. NOITE.


Um policial vai até a casa de Martha e Gilberto, ele diz o que houve.


POLICIAL - Eu vim porque ela citou vocês, e  também porque o crime ocorreu em sua propriedade. A investigação vai correr lá mesmo em Angra.


MARTHA - Como eu poderia imaginar? Mas eu disse que tinha algo errado com essa menina.


GILBERTO - E você estava certa o tempo todo, meu amor.


ESTELLA - Ah gente... será mesmo? Ela parecia tão boazinha.


MARTHA - Essas daí são as piores minha filha.


BRUNO - Ele fica incrédulo com o que ouve do policial - Não , não pode ser. Isso tudo é mentira, é coisa tua mãe, fala a verdade.


MARTHA - Meu filho, eu sei que é duro mas você tem que aceitar. Era uma golpista -  Olha para o marido - Gilberto querido,  isso só pode ter sido o plano dele, quer dizer... deles, um plano para nos roubar. Tá na cara que  eles estavam juntos o 

tempo todo.


BRUNO - Eu não sei o que pensar, eu preciso falar com ela, só acredito ouvindo da boca dela.


MARTHA - Não. Você não vai, eu te proíbo. Já não chega todo mal que ela nos fez?


CENA 06. DELEGACIA. INT. CELA. NOITE.


Iza é levada até uma cela fria e úmida que está vazia.


CARCEREIRO - Aproveita tem essa cela aqui, porque no presídio não vai ser  tão boa assim.


Ao que a porta da cela bate, se trancando, a ficha de Iza cai e ela percebe a situação em que a meteram.


Amanhece.


CENA 07. DELEGACIA. SALA DE VISITAS. INT. DIA.


Recepção.


LARISSA - Eu vim falar com ela. Quero contratar um bom advogado pra tirar ela daqui.


AGENOR - Por favor! Eu não sou de pedir, mas nesse caso.


LARISSA - Que isso, ela é minha filha, tudo o que puder fazer pra ajudar eu vou fazer. 


Ela entra na sala.


LARISSA - Filha.


IZA - O que você tá fazendo aqui? Veio me julgar? 


LARISSA - Não vim te julgar, vim pra ver você. Saber se precisa de ajuda.


IZA - Aposto que deve estar pensando que eu matei aquele homem. Vai embora  não preciso da sua ajuda.


LARISSA - Isso não é questão, eu e seu pai já decidimos. Eu sei que você não fez isso.


IZA - Sabe? De verdade, você realmente acredita na minha inocência?


LARISSA - Izadora eu não te conheço por completa mas eu sei que você está falando a verdade.


IZA -Tá pronta pra ser apontada na rua como a mãe de uma presidiária? Dona Larissa.


LARISSA - Você não é isso.


IZA -É o que todos vão dizer, cedo ou tarde. Ninguém vai acreditar em mim.


LARISSA - Com um bom advogado você vai provar que é inocente. 


IZA -Porque você está fazendo isso?


LARISSA - É o mínimo, depois de tantos anos não estando presente.


O tempo de visita acaba.



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