NO EPISÓDIO ANTERIOR
Um homem oferece drogas a Felipe. No
dia seguinte, Gael vai falar com León para saber o porquê ele saiu de sua casa
misteriosamente. Ele parece não lembrar do beijo e frustra Gael. Aline escuta
Gael contar para Roberta e Cláudio que Leon o beijou e a vilã manda mensagem
para o ex lhe encontrar. Gael mexe nas gavetas que não usa de seu guarda-roupas
e acha uma foto e Felipe que parece ter sido tirada recentemente e questiona
como é possível e como foi parar ali. Gael tem pesadelos com o estupro que
sofreu no passado e se assusta ao acordar e ver que perfurou todo o sofá com
uma tesoura afiada sem se dar conta.
EPISÓDIO 5 – ESTOU VIVO!
Depois do
susto de encontrar a tesoura em suas mãos, sem saber como foi parar ali e
depois de perfurar o estofado praticamente todo, Gael pensa o resto do dia todo
se deve ou não procurar realmente um psicólogo. Porém, algo dentro dele lhe faz
resistir e enfrentar seus medos parece lhe causar um medo ainda maior e ele
passa a noite toda pensando nisso.
No dia
seguinte, na cozinha, Gael sentado na mesa procura um emprego por aplicativo no
celular.
—As coisas
aqui em casa não estão fáceis. Me ajude a encontrar um emprego, meu deus!
-Suplica.
Gael olha as
propostas, navega por sites e nada.
Notificação:
Achamos
seu currículo e amamos. Meu pai precisa de um cuidador e seu perfil nos chamou
muita atenção. Mandaremos em seguida nosso endereço e se puder aparecer ainda
hoje antes das 14 horas, agradecemos.
—Aaaaaaaaa
muito obrigado universo! -Agradece.
Enquanto
Gael se arruma e se prepara para ir conhecer a nova casa que irá trabalhar,
Roberta e Cláudio batem a porta.
—Só um
instante! -Grita.
Os meninos
não param.
—Já vou,
pelo amor… -Diz chegando na porta e abrindo.
—Até que
enfim.
—Desculpa se
eu estava trocando de roupa e não podia abrir a porta pelado, Dona Roberta.
-Ironiza brincando.
Gael percebe
a seriedade de Cláudio.
Ele percebe
que aos poucos Roberta também fica.
—Aconteceu
alguma coisa? -Suspeita.
—Você estava
se arrumando para sair e resolver algo, né? Não foi uma boa hora para termos
vindo. Achamos que seria uma boa hora para fazer o trabalho do seminário, mas é
melhor deixarmos para fazermos no fim de semana.
—Não, eu
conheço vocês, estão escondendo algo de mim. Por favor, me falem de uma vez. Eu
odeio essa sensação. -Aflito.
Roberta se
aproxima.
—Está bem.
Abra o BookFriend da Aline. -É direta.
—Roberta…
-Lamenta Cláudio.
Gael abre o
perfil e vê o último post da vilã.
—Aline e
León voltaram. -Completa Roberta revoltada com León.
—E o que
isso me importa? Eu não gosto dele, nem dela. Por que acham que isso pode me
afetar? -Se mostra desinteressado, porém, por dentro seu coração aperta e na
garganta surge um nó.
O celular
notifica.
—Bom, eu
tenho que ir. Se quiserem, podem ficar. Me desejem sorte porque estou a caminho
de uma entrevista de emprego. -Sorri aparentemente feliz.
—Boa sorte!
-Dizem juntos.
Gael sobe na
moto e parte para o endereço.
A imensa
propriedade, com um jardim imenso e a numeração feita de barradas de ouro, já
deixam claro que trata-se de uma família de grande porte, posses e de nome com
grande peso.
Imediatamente
um empregado recebe o mocinho e o acompanha pelo jardim até a sala da mansão
onde se encontra a patroa.
—Então, você
é Gael Montoya, o dono desse currículo maravilhoso. Um rapaz muito prendado ao
que parece. -A mulher o recebe sorrindo.
—Sim, muito
prazer e obrigado pelo elogio senhora. -Sorri de volta.
—Muito
prazer, eu sou Laura Len. Então, quer dizer que você está estudando medicina e
já fez técnico de enfermagem? Isso é muito interessante. E aqui no seu
currículo diz também que você já foi cuidador de idosos por um ano numa casa de
repouso. Por que passou apenas um ano?
—Tive que
sair justamente por causa da faculdade e agora que estou terminando, resolvi
voltar a procurar emprego.
—Olha,
excelente você poder desempenhar as duas funções. Você pode preencher ambas as
vagas de cuidador e ajudar nos exercícios do meu pai, claro que pagaríamos por
ambos os serviços. O que acha?
—Ai isso é
uma benção, eu tava precisando tanto de um emprego e agora me aparece duas
oportunidades em uma. Claro que eu aceito! E garanto que a senhora não irá se
arrepender. -Muito contente.
—Então,
vamos conhecer a casa a qual você passará a maior parte do seu tempo? -Guia-o
por cada parte, mostrando cada detalhe. —E aquele ali, no jardim, é meu pai.
Mas tem algo que eu não lhe contei…
—O que
senhora?
—Ele rejeita
todos os médicos e maltrata seus cuidadores. Ele não aceita as sequelas que seu
AVC lhe deixou e não aceita ser dependente de ninguém. Me perdoe por não falado
antes, eu vou entender se você não quiser mais. Eu ocultei algo importante
demais.
Gael fica
meio tenso pensando na situação.
—Não se
preocupe senhora, eu já passei por tanta coisa nessa vida... A senhora verá que
eu vou conseguir realizar meu trabalho.
—Deus queira
filho, que Ele queira! -Preocupada.
Gael volta
para casa para se recompor, fazer os trabalhos da faculdade e se preparar para
a semana que se aproxima.
Agora, Gael tem os estudos pesados da
faculdade e um trabalho árduo a fazer nessa nova casa com seu primeiro
paciente. Sua cabeça
a mil, marcam a transição do dia para o fim de noite.
—Onde eu
deixei esse celular? -Anda pelo quarto, se enxugando ao sair do banho e
procurando o celular.
Ele revira a
cama e a escrivaninha. Sem achar, ele vai para a sala.
—Aí está!
Bom, melhor eu ligar logo pro Padre e perguntar sobre os preparativos. -Disca.
Gael anda
pela casa impaciente, a missa de Felipe é muito importante para ele e enquanto
mais cedo tudo estivesse pronto, mais aliviado ficaria.
—Oi, alô.
Padre Paulo? Sim, sou eu, Gael. Está tudo bem? Que bom Padre, fico feliz. Estou
ligando para saber sobre a missa do Felipe. Está tudo certo para quarta? -Sorri com a resposta. —Ai, graças Padre.
Tenha uma excelente noite! -Desliga.
Gael arruma
seu quarto e em seguida se encaminha para a cozinha para estudar na mesa.
Ele passa a
noite em claro, cansado e dolorido de tanto cansaço mental e físico pela
postura e estresses. Porém, os torcicolos e cansaço não impedem e nem diminuem
seu empenho e ritmo.
Gael acorda
em meio aos livros na mesa. Ele corre imediatamente para tomar banho e se
arrumar, o relógio já marcava 06:15 e sua aula se iniciava às 07:30.
Enquanto
isso, na escola, Aline e León se tornam o assunto mais comentado.
—O Gael vai
sofrer muito com tudo isso, eu sei que vai. -Fala Roberta.
—Mas ele
mesmo falou que não gosta do León, que o tal beijo só rolou porque o León o
surpreendeu. Gael nunca nem falou que era gay e mesmo que seja, não é por isso
que ela está apaixonado por esse aí. E outra, o tal León além de um boçal,
aparentemente é hetero. E mesmo que seja bi, perdeu todo meu respeito por
brincar com meu melhor amigo. É um desgraçado! -Fala com desprezo.
—Cláudio,
essa revolta eu também sinto, mas o que está feito, está feito! Mas quem sabe
não podemos bolar um castigo pro León depois? -Rir diabolicamente (de forma
cômica, claro).
Cláudio fica
pensativo e leva a sério.
Gael chega.
—Do que
estão falando? -Curioso.
—Nada. Sobre
o seminário de amanhã. Estou nervosa, como sempre. Você sabe como eu fico com
essa ansiedade… -Finge.
—Sim, você
sempre fica assim. Mas você é inteligente, é umas das pessoas mais exibidas que
eu já conheci, sempre arrasa. Para com isso! -Incentiva a amiga ao cair na
mentira.
Eles em
silêncio total por três segundos.
—Vamos para
aula? -Convida Gael.
—Vamos!
-Juntos.
O início dos
seminários se dá nessa aula e se estende até o final da última aula já que essa
é a chamada "Semana dos Seminários" na faculdade de BellaLuna.
A aula
termina.
Aline se
aproxima de Gael.
—Posso falar
com você?
Roberta e
Cláudio se aproximam intrigados com o motivo de Aline querer falar com Gael.
Gael fica
intrigado também.
—Claro.
Sobre o que?
—Poderia ser
a sós? -Olha para os amigos de Gael.
—Não, pode
não. O que tiver que falar para ele, vai falar na nossa frente. -Rebate
Roberta.
—Tá tudo bem
meninos, me esperem lá fora.
—Tem
certeza? -Indaga Cláudio.
—Tem algum
motivo para tanta preocupação de vocês por eu querer falar com ele, está
acontecendo algo que eu não sei? Não estou entendendo esse escudo e tanta
rispidez contra mim.
—Não tem
nada, Aline. O que acontece é que eles são como meus irmãos e se preocupam
muito comigo, eles são assim com todo mundo. Mas como eu disse para eles, está
tudo bem. Podem me esperar lá fora, tá bom?
—Está bem.
Vamos estar lá fora. -Cláudio leva Roberta.
Aline se
aproxima ainda mais de Gael e fica andando em círculos ao redor dele na sala
vazia.
—Eu soube do
seu beijo com o León… -Fala sem titubear.
—Eu… -Fica
sem reação e nem resposta.
—Não se
preocupe. León estava bêbado, e outra… Eu mesmo já presenciei cumprimento de
beijo dele com os amigos, detalhe: sou eu que sempre proponho. León é mente
aberta, sabe? Ele já viu eu fazendo com umas amigas e a gente sempre se
cumprimenta assim com amigos, é algo totalmente natural. Eu não tenho ciúmes
nenhum, ele também não… Enfim, está tudo bem. Ah... não sei se você sabe, eu e
ele voltamos! -Cruel ela dispara sem dó.
—Sim, eu
sei. Fico feliz! -Finge sorrir.
—Tira essa
máscara de sonso. Apesar de fingir que está tudo bem e que não significou nada
para você, eu ouvi a forma que você contava pros seus amigos. Mas olha só, León
não é como você, bicha! León está comigo e sabe, ele nunca esteve tão amoroso e
entregue como agora. Bom, já deixei meu recado, agora vê se cai em si. -Despeja
toda sua maldade e sai.
Gael fica
triste com as palavras pesadas, sem ter culpa alguma. Ele se sente mal e o
sentimento de culpa lhe maltrata ao mesmo tempo que o sentimento de frustração
em relação ao que sentiu sobre León. Uma dor imensa atravessa sua alma e atinge
seu coração.
Martinez (o
professor) que por ali passara, vê Gael sozinho e se aproxima.
—Desculpa,
eu não pude deixar de escutar a parte final do que ela falou. -Diz receoso.
—Juro que
não foi culpa minha, eu tenho minha consciência tranquila. Mas a forma que ela
falou… Eu tô tão triste! -Chora.
"Realmente você não pode ser
Felipe. Não é possível… Felipe teria colocado-a em seu lugar e ainda sairia por
cima ironizando e debochando. Meu deus, acho que já entendi tudo…", pensa Martin.
—Fique
calmo, eu acredito em você. Está tudo bem! -Martínez lhe abraça, consolando-o.
Um aluno que
por ali passa tira uma foto.
A noite
recai na cidade vizinha (onde Gael, Felipe e seus pais viviam), um tom mais
escuro e nebuloso se põe. A missa de Felipe estava prestes a se iniciar. Uma
tempestade se inicia do nada, trovões se escutam e até raios começam a cair.
O padre já
tem atrasado em até 10 minutos a missa para que Gael chegasse a tempo, mas ele
não aparecia. O Padre estranhava já que ele era sempre pontual e a missa
precisava começar, amigos da família estavam ali presentes para participar da
missa da morte de dois anos de Felipe.
—Bem, vamos
começar. Dois anos da morte do nosso querido Felipe!
Muitos ali
presente torcem o nariz com olhar de julgamento sobre o morto.
Alguém
adentra a igreja no meio da tempestade forte, um vento como nunca visto
acompanha a abertura da porta e assusta a todos da igreja.
—Missa em
minha homenagem e eu não fui convidado? Desarmem esse circo. Eu, Felipe
Montoya, estou vivo!
Temporada 1 | Episódio 5
Thiago Santos
Gael/Felipe - Gabriel Leone
León - Sergio Malheiros
Martínez - Rodrigo Massa
Petra - Bruna Marquezine
Aline - Agatha Moreira
Patrícia - Cris Viana
Lucían - Guy Ecker
Alfonso - Murilo Rosa
Alberto - Tarcísio Meira
Roberta - Jeniffer Nascimento
Cláudio - Bruno Gadiol
Fernanda - Vanessa Gerbeli
Genaro - Marcos Palmeira
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