6. Nada Fica Oculto | Anjo Noturno



NO EPISÓDIO ANTERIOR

 

Alguém se interessa pelo currículo de Gael e o chamam para uma entrevista de emprego. Na faculdade, ele se frustra quando os amigos mostram na rede social uma foto de León e Aline anunciando reconciliação, após o beijo dele com Gael. Na casa em que irá trabalhar, a patroa lhe conta que o senhor ao qual ele irá cuidar é muito difícil e ele diz que isso não é problema para ele. Gael liga para o padre para marcar a missa de dois anos da morte de Felipe. Na faculdade, Aline humilha Gael e diz para ele não ter ilusões pois seu namorado não é gay e que o beijo dele não foi nada. Felipe aparece em sua missa de morte de dois anos e assusta a cidade.

 

 

EPISÓDIO 6 – NADA FICA OCULTO

 

 

—BUUUU! -Brinca com o susto de todos.

 

As luzes em seguida se apagam. As portas da igreja batem abrindo e fechando com a forte ventania que ao mesmo tempo apaga as velas.

 

Todos ficam arrepiados, o medo é evidente. Até o padre fica sem entender a situação e teme.

 

A energia cai e todos ficam no escuro, aumentando ainda mais o medo da cidade e o clima tenso e pesado instaurado.

 

—HAHAHAHAHAHAHA! -Debocha com uma risada horripilante que aos poucos vai se afastando.

 

O blackout total se instala e aos poucos o único som que resta são de cochichos amedrontados procurando segurança.

 

Em pouco mais de um minuto a luz volta, as portas se abrem como antes e não há nem sinal de Felipe.

 

—Era uma assombração, virgenzinha que nos livre! -Comentam mais de uma pessoa.

 

O padre não sabe como conter tamanho barulho e burburinho.

 

A noite na cidade vizinha, em São Pabllo, podia ter sido tensa e turbulenta, mas em Bella Luna aparentemente tudo estava normal. E agora uma nova manhã era marcada pela metade do período de outono, que deixava claro que o inverno estava para chegar com um clima frio e temperaturas que oscilam para baixo.

 

—Oi meninos! -Gael cumprimenta os amigos ao chegar na mesa.

 

Roberta e Cláudio olham sério para Gael.

 

—O que houve? -Questiona já tenso.

 

—Não houve nada! -Responde Cláudio sem conseguir disfarçar.

 

—Ele sempre sabe quando estamos mentindo. É melhor mostrar logo! -Diz virando o celular para Gael.

 

Na foto, Gael e Martínez aparecem abraçados, “se beijando”.

 

—Isso é um absurdo. É montagem! Por favor, me digam que não acreditaram nisso. -Revoltado.

 

Cláudio e Roberta ficam calados.

 

—Ok, alguém pega uma foto que tiraram num momento superdelicado, fazem uma montagem e espalham uma maldita fake news e todos acreditam, inclusive vocês… Por isso esse país está assim, um golpe outro dia que só indica que o próximo passo é uma catástrofe e não me admiraria se o presidente seguinte fosse elegido apenas através de fake news. As pessoas estão doentes, acreditam no que convém e espalhar coisas sem procurar fontes e nem averiguar. E eu poderia esperar isso de qualquer um, exceto de vocês. Nossa, como dói!  -Decepcionado.

 

Gael sai dali bem machucado por dentro.

 

—Gael!! -Grita Roberta.

 

Cláudio vira para ela na mesa.

 

—Você acha mesmo que ele seria capaz? Roberta, estamos falando do Gael. Gael é inteligente, nunca precisou usar de golpe baixo como ficar com professor pra ter nota. Ele sempre conseguiu tudo por esforço. Quem fez isso, fez mal intencionado e foi para prejudicar o Gael.

 

—Sim, eu sei. Eu sou uma idiota por ter pensado antes de responder de uma vez que confiava nele. Mas nós podemos tentar ajudar, não é? Só não sei como.

 

—Eu sei! Lembra que eu tenho um primo que é expert em fotografia e informática? Então, temos uma carta na manga e podemos descobrir a montagem na parte exata da foto e como foi feita.

 

Roberta e Claudio apertam a mão do outro se olhando fixos.

 

Gael anda pelo corredor nervoso.

 

Martínez vem com a cabeça baixa e andando rápido.

 

—Martínez, você já viu…

 

Martínez nem dá atenção para Gael e anda depressa para a saída lhe ignorando

 

Um dos alunos de sua sala se aproxima.

 

—Sabe, eu nunca entendi porque suas notas sempre eram maior que as dos outros. Tipo, mesmo que alguns se esforçassem antes de uma prova, ainda assim você tirava a maior nota. E agora, tudo faz sentido… -Provoca.

 

As palavras de Ricardo conseguem desestabilizar Gael. A pressão psicológica forte causada pela fake news e as acusações partindo por todos os lados mexe também com sua personalidade.

 

Pela primeira vez, Felipe assume a personalidade de Gael durante o período diurno.

Os trejeitos e forma de falar de Gael mudam completamente.

 

—Escuta aqui seu arrombado do caralho, sai da minha frente ou te arrebento na frente de geral e saio esfregando sua cara nesse chão carrasquento. Acho que você não vai querer pagar pra ver. Vai? -Esbraveja Felipe.

 

Ricardo fica assustado que pela primeira Gael tenha se defendido e de uma maneira ameaçadora. Ele rapidamente sai da frente.

 

Gael segue em frente.

 

Felipe adormece e Gael retorna a sua personalidade.

 

 

Gael fica com medo dos olhares tortos e dos julgamentos. Todos lhe apontavam como alguém que estava saindo com o professor para obter boas notas e se destacar nas provas e trabalhos.

 

Sem aguentar a pressão, ele volta para o estacionamento e decide pegar sua moto para ir embora.

 

—O que estão fazendo? -Grita.

 

Um grupo havia arranhado sua moto e furado os pneus. "VAGABUNDO" dizia a pichação feita por um estilete através dos arranhões.

 

O grupo sai correndo ao ver Gael.

 

—Minha motinha NÃO! -Lamenta. —Por que tudo isso está acontecendo comigo meu deus? -Chora cansado de tudo.

 

Ele se ajoelha perto da moto para ver o estrago feito nos pneus.

 

—Eu preciso sair daqui. Mas e agora, como?

 

—Eu te levo. Vamos sair daqui! -Se aproxima.

 

—León? -Surpreso.

 

—Entra. Agora! -Ordena.

 

Gael entra e León dá partida.

 

Eles viajam por quilômetros, até que chegam a um lugar afastado dali e praticamente fora da cidade.

 

—Para onde você me trouxe? Eu só precisava ir para casa agora. Eu estou péssimo, você não percebe? -Com raiva.

 

—É, eu sei. Porém, talvez o que você precisasse era ficar longe de lá. Parar de pensar só nos estudos, sair um pouco da rotina e principalmente espairecer, ainda mais depois de toda essa confusão é a melhor coisa a se fazer.

 

—Você acredita no que diz aquela publicação e no conteúdo da foto? -Pergunta com medo da resposta.

 

—Sinceramente? -Ele fica calado. —Não acredito. Em primeiro lugar, você é inteligente, muito estudioso e não precisaria se prestar a esse papel para se dar bem em algo. Em segundo, você não reagiria dessa forma se fosse verdade. Então não, não acredito! -Firme.

 

—O que você sabe de mim? Como sabe do que eu sou ou não capaz? Talvez eu tenha mesmo pego o… -Finge, porém, nem consegue completar a frase.

 

—Isso é uma coisa que eu não vou discutir com você e você não vai conseguir mudar minha opinião. Enfim, eu te tirei de lá para você sossegar num lugar tranquilo e esfriar a cabeça não para continuar falando e se martirizando com isso. Então, agora trata de colocar a bunda naquela poltrona e tenta relaxar olhando pra essa serra maravilhosa e apenas capitalize o ar puro e limpo desse lugar maravilhoso. Ok? -Ordena.

 

Gael apenas acata e se senta na poltrona, tal como León.

 

Eles observam a vista maravilhosa daquela serra incrível e com um verde penetrante que enche os olhos com sua beleza. O ar limpo e puro trazem juntos boas vibrações e a calmaria que aquele momento precisava.

 

Gael olha profundamente para León que estava a cochilar.

 

Eles relaxam por toda a tarde.

 

Tudo parecia perfeito, mas estava escurecendo e depois de uma manhã tensa e uma tarde tranquila, era hora de dar adeus aquele chalé incrível com uma serra linda e voltar para suas vidas normais.

 

León no caminho não olhava para Gael, Gael por sua vez também não. Parecia que uma barreira houvera se criado entre eles desde o beijo e consequentemente a humilhação de Aline a Gael.

 

—Chegamos! -Avisa León.

 

—Obrigado. -Desce do carro sem olhar para trás.

 

León lhe observa descer do carro esperando que ele olhe de volta. Todavia, se põe triste vendo que isso não ia acontecer.

 

Ao ver que o carro já havia sumido de sua vista, Gael apenas sofre por não poder ficar com León.

 

León chega em seu apartamento que fica a vinte minutos da Universidade Federal de Bella Luna.

 

—Irmã? Faz tempo que você tá esperando aqui? -Diz encontrando-a na porta.

 

—Não, acabei de chegar. Deixei o carro lá embaixo e subi há cinco minutos.

 

—Vamos, entre! -Abrindo a porta.

 

Os dois entram.

 

—León, a última coisa que eu queria agora era te incomodar. Sei que você estuda muito e ainda faz suas coisas e que tudo que você precisa quando chega em casa é descansar. Mas, eu vim aqui alertá-lo que a mamãe já sabe que você e a Aline voltaram, e, nem ela e nem o papai gostaram de saber disso.

 

León fica calado.

 

—Ué, tem alguma coisa errada... Em outros tempos você surtaria e defenderia a Aline com unhas e dentes. O que tá rolando? -Estranha sua postura.

 

—Eu, eu… -Chora.

 

—O que você tem? -Assusta-se.

 

—Tem acontecido umas coisas e me sinto muito confuso. -Baixa a cabeça.

 

—Me conta, somos irmãos. Eu sempre contei tudo pra você e você também a mim, por que agora tudo tem que ser diferente? -Lamenta.

 

—No dia da sua festa eu estava muito mal porque a Aline havia terminado comigo naquela semana e postado naquele dia uma foto com um cara com uma legenda bem explícita, e eu tinha bebido um pouco. Um garoto lá se aproximou, me ajudou e eu pedi que me tirasse dali porque eu tava muito mal. Eu só não queria estragar sua festa… Ele me tirou de lá, me levou para casa dele sem saber quem eu era e cuidou de mim como ninguém nunca havia feito além da mamãe. Ele até me colocou no chuveiro, de roupa mesmo, com um respeito lindo. Depois ele me enxugou e saiu para que eu vestisse uma roupa dele. Eu acabei dormindo lá. Ele me emprestou sua cama e foi pro sofá.

 

—E…? -Curiosa.

 

—Eu estava tão machucado e mal, que adormeci. Em determinado momento eu despertei e vi que ele estava meio tonto e me levantei, ainda cambaleando, para ajudá-lo. Eu escorreguei e levei ele junto ao chão, caindo por cima dele. Naquela hora a boca dele ficou tão perto da minha que num impulso, não sei porque diabos eu… -Resiste em terminar a fala.

 

—FALAAAAAA! -Interessada.

 

—Eu beijei ele…

 

—Pelo amor de Beyoncé… -Em êxtase. —Não venha pôr a culpa na bebida, lembre-se que o álcool só dá coragem para fazermos coisas que não temos atitude o suficiente para fazer sóbrios.

 

—Esse é o problema, eu nem estava tão bêbado ao ponto de não saber o que estava fazendo, eu só… Não sei o que aconteceu comigo!

 

—Talvez ele em menos de um dia tenha representado para você tudo que você buscava em alguém e nunca encontrou, até mesmo na própria Aline. Te assusta a ideia de gostar de alguém do mesmo sexo? -É direta.

 

—Não sei, eu sempre gostei de mulher. Não sei o que está acontecendo, eu preciso de ajuda. Você como psicóloga pode me ajudar? Eu preciso de um tratamento? -Indaga.

 

—O amor não é uma doença para precisar de tratamento. Independente do sexo, o amor é o amor. O único tratamento que você deve fazer é o interior, aceitar o que você realmente é por dentro e ser feliz totalmente. Se reprimir é aceitar a sentença de viver uma vida infeliz por regras idiotas e limitadas que a sociedade hipócrita impõe. Você mesmo falou que gosta de garotas, mas se você gosta de garotos também, você é bissexual.

 

León fica pensativo.

 

—Eu não… -Resiste ao aceitar.

 

—Afinal, o que você sente quando lembra desse garoto?

 

—Eu fico rindo sozinho do nada, lembrando das coisas que ele falou ou fez. E olha que nem muito contato a gente teve… -Sorrir que nem um bobo ao recordá-lo.

 

—Hum. E quando está perto dele? -Claramente ela usa de seu poder de psicóloga para descobrir.

 

—Eu fico um pouco nervoso, não sei o que falar e de vez enquanto a gente é grosseiro um com o outro. -Fala sério.

 

—Olha, se depois de tudo que você me falou não existir faísca aí, pode queimar meu diploma. -Rir. —Ai irmão. -Se aproxima.

 

Petra acena para León vir e deitar em seu colo.

Ele senta no sofá, em seguida deita em seu colo.

Ela faz cafuné em seu cabelo.

 

—E outra, você mesmo nunca ligou para a opinião de ninguém. Dentre nós dois, sempre foi o rebelde, o que vai atrás do que quer e luta por isso, sem medir as consequências. Você vai mesmo deixar esse garoto partir por causa do seu preconceito? Depois que se der conta que gosta dele e ele já tiver partido, não adianta chorar pelo leite derramado. -Dispara encorajando-o.

 

León fica apenas calado pensando em tudo.

Petra continua lhe fazendo carinho na cabeça enquanto ele permanece deitado em suas pernas.

 

Do outro lado de BellaLuna, na cidade vizinha "San Pabllo", Felipe, mesmo em meio a noite de menor pico de clientes, espera.

 

O clima parcialmente nublado e abafado dava uma sensação de incerteza quanto ao tempo, se choveria ou permaneceria o calor forte.

 

—Caralho, não vai ter nenhum cliente nessa porra hoje não? -Diz se exibindo para os carros que passam.

 

Felipe caminha mais um pouco para outro ponto.

 

—Vou ficar aqui, quem sabe não aparece alguém? -Acena para os carros no ponto.

 

Do outro lado, numa lanchonete que fica a alguns metros de distância, Roberta e Cláudio veem Felipe.

 

—Cláudio, está um pouco longe, mas aquele é o Gael ou eu estou ficando louca? -Indaga.

 

—Se parece muito, mas o jeito é estranho. Olha o jeito dele… Ele parece muito mais desenvolto, astuto, solto, meio vulgar e sem pudor. Totalmente o inverso. Aliás, parece que é garoto de programa, ele tá num ponto e fazendo sinal pros carros…

 

—Não Cláudio, não pode ser outra pessoa. É o Gael! Vamos falar com ele! -Ela puxa Cláudio sem que ele tenha tempo para se defender.

 

Do outro lado, chega outro cara no ponto em que está Felipe.

 

—Ixi arrombado, qual foi? Tá querendo roubar meu ponto? Vaza antes que eu te meta a navalha! -Mostra uma faca pequena.

 

Felipe quer brigar, porém, algo dentro dele lhe diz o contrário.

 

—Fica com ele então, você precisa mais que eu! -Debocha.

 

—Como é que é? Tá falando que teu trampo é melhor que o meu ou que eu sou necessitado? Agora eu te pego, seu filho da puta! -Parte para cima.

 

Felipe que adora uma confusão, provoca e corre.

 

É um fato que Felipe é apaixonado por adrenalina e isso enche seu espírito. Mais uma característica totalmente diferente de Gael que sempre busca a paz.

 

Cláudio e Roberta correm logo atrás para alcançá-lo também.

 

Felipe imediatamente entra num ônibus que ia passando. O ônibus que estava já com a porta fechando, abre e ele entra. As portas se fecham e ele vê o seu ‘rival de ponto’ pelo espelho da janela, lhe dá um sorriso debochado e se aconchega na cadeira do transporte.

 

Cláudio e Roberta também veem Felipe/Gael pela janela do ônibus.

 

—Droga! -Se frustra Roberta ao não conseguir chegar a tempo.

 

No ônibus, Felipe recebe uma mensagem.

 

 

Tá disponível agora?

 

 - Sim, mas tô sem local

 

Eu tenho.

Me encontra no Escondidinho

Conhece esse motel?

 

- Conheço. Demorou, já chego.

 

 

—Mano, esse ônibus passa no centro de Virgínia (Cidade vizinha)? -Pergunta ao passageiro da cadeira ao lado.

 

—Na verdade não, mas passa por trás. A parte central é de outra linha.

 

—Que foda, é justamente para onde eu vou. Valeu! -Aliviado. —Que sorte, um cliente e a direção exata!

 

Vinte minutos se passam até que Felipe chega a parte de trás da cidade de Virgínia.

 

Ele desce do ônibus e logo chega ao local marcado.

 

—Quarto 07, ok, ok… -Fala procurando o quarto.

 

Ele abre, entra e fica chateado com quem o chamou.

 

—É brincadeira, né? Martínez?! Mas que caralho… Não quero falar contigo não seu fudido, já basta o que tu fez da última fez. -Bravo.

 

—Precisamos conversar, Felipe. Por favor!

 

—Conversar o que? -Sem dar chance.

 

—Eu errei daquela vez, sabe? Mas eu preciso que você entenda, eu gosto de você!

 

—Que porra é gostar véi?

 

—Eu gosto de você. Quero você! Estou apaixonado por você.Quer que eu desenhe?

 

—Tu sabe que eu gosto mais de mulher. Homem é só meu trampo. Não rola não…

 

—Eu sei que você fica mexido com meus beijos.

 

—E se for? Isso não quer dizer que eu goste de você. -Replica.

 

—Vamos ver! -Ataca.

 

Martínez agarra Felipe pela cintura e lhe dá um beijão.

 

Felipe nem sequer resiste, ao contrário, a entrega é mútua e aparentemente o sentimento é recíproco.

 

Eles permanecem assim por um minuto.

 

—Agora tu se passou seu escroto. -Ele já vira de costas e pega o casaco para sair.

 

Martínez segura seu braço.

 

—Eu já falei pra tu nunca mais segurar no meu braço assim! -Se estressa novamente Felipe.

 

O choque de emoções e a forte tensão psicológica, fazem a personalidade de Gael retornar a si.

 

—Professor, o que estou fazendo aqui? Como vim parar aqui? Que lugar é esse? Por que estou aqui com o senhor? -Pergunta sem parar, confuso.

 

O jeito terno de Gael, e a mudança brusca de trejeitos, gestos, forma de falar, tom de voz e até olhar diferente e movimentos, lhe espantam de uma forma arrepiadora.

 

Martínez fica sem reação ao ver que sua teoria parece se confirmar.

 

—Parece que eu estava certo. Gael, você precisa de ajuda psicológica!


 


Anjo Noturno
Temporada 1 | Episódio 6

Criado e Escrito por:
Thiago Santos

Elenco:
Gael/Felipe - Gabriel Leone
León - Sergio Malheiros
Martínez - Rodrigo Massa
Petra - Bruna Marquezine
Aline - Agatha Moreira
Patrícia - Cris Viana
Lucían - Guy Ecker
Alfonso - Murilo Rosa
Alberto - Tarcísio Meira
Roberta - Jeniffer Nascimento
Cláudio - Bruno Gadiol
Fernanda - Vanessa Gerbeli
Genaro - Marcos Palmeira

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