3. A Verdade é uma Cinza Humana - PARTE 1 | Anti-Herói


 

ATO DE ABERTURA

NILO
(V.O)
A verdade é uma cinza humana jogada na minha cara. Eu havia matado um homem. Eu matei o herói que havia em mim?

FADE IN

CENA 1 INT. - APTº DE NILO E LILA / QUARTO – NOITE

Nilo e Lila aos beijos, se pegando, de contra a parede. Nilo beija seu pescoço, alisa sua cintura e /

Ambos caem na cama, já sem roupa, Nilo faz movimentos bruscos. Lila arranha suas costas, contorcendo-se de prazer.

CORTE DESCONTÍNUO

Nilo deita na cama, ambos suados e exaustos. A garota olha para Nilo com olhar ao léu. Destaque para o seu rosto, com um hematoma e alguns pequenos ferimentos causados pelo caco de vidro.

LILA
Será que agora você pode me contar o que aconteceu?

NILO
A culpa é sua. Não resisto a esse seu corpinho.

Ambos riem.

LILA
Me refiro a ontem à noite. Por onde andou? Ou acha que eu não reparei essas marcas na tua cara?

Nilo fecha a cara, pensa em algo.

NILO
Não foi nada. (Lila o encara, insatisfeita) Ok, eu fui atrás do Murilo.

Lila se levanta, preocupada.

LILA
Sério?! Você agora deu pra resolver as coisas na porrada?

NILO
Não me julgue. Ele me difamou! Olha, eu já passei por coisas demais na minha vida /

LILA
(por cima) E eu passei junto. Eu vi as suas perdas, Nilo. Você já sofreu atentados.

NILO
E por isso eu devo aceitar calado? O que virá depois de uma difamação?

LILA
Você não matou ninguém. É isso que importa. (aperta seu queixo, dengosa) Meu herói.

Nilo engole a seco, preocupado.

CENA 2 INT. - APTº DE NILO E LILA / QUARTO – DIA

No casal dormindo. Agora é possível perceber um quarto amplo, arejado, com uma porta para a varanda. Pisos escuros contrastando com as paredes brancas e um cartaz da Liga da Justiça em uma delas.

Ao lado do guarda-roupa, uma escrivaninha com laptop, impressora, canetas e livros.

Nilo desperta, dá uma olhada em Lila. Levanta.

CENA 3 INT. - APTº DE NILO E LILA / COZINHA - DIA

Nilo prepara o café. O celular sobre o balcão TOCA. Nilo apanha uma toalha, seca as mãos e verifica a chamada. Trata-se de uma mensagem.

POV DE NILO — Surge uma mensagem na tela: “Parece que alguém queimou o próprio filme”

Um clique e o vídeo se abre. É a gravação da noite anterior na qual Nilo mata Vince Lemos. — FIM DO POV

Lila já está logo atrás, espreguiçando-se.

LILA
É o Roger? Aposto que é pra enviar algum meme novo. Acertei?

Na expressão assombrada dele.

FADE OUT

FIM DO ATO DE ABERTURA

EPISÓDIO 3

A VERDADE É UMA CINZA HUMANA


 

PRIMEIRO ATO

FADE IN

SONOPLASTIA: Defame Me - New Years Days

Takes pontuados da cidade. Destaque para a Central do Brasil sempre lotada, a Cinelândia cercada pela Biblioteca Nacional e o Theatro Municipal. O Museu de Belas Artes. O vai e vem dos ônibus nas principais vias.

Na fachada da delegacia.

FIM DA SONOPLASTIA

CENA 4 INT. - DELEGACIA / SALA DO DELEGADO - DIA

No rosto do delegado Moreira, sentado em sua cadeira, cotovelos apoiados sobre a mesa e as mãos no queixo, pensativo.

MOREIRA
Então...foi isso? Você não conhecia a vítima, mas ela entrou em sua casa, em seu laboratório sem o menor esforço. Você sabe que pode contar comigo, não sabe, Emília?

Emília, diante dele, mantendo a calma.

EMÍLIA
Eu sou muito grata pelo senhor ter colocado o meu irmão como seu braço direito aqui. Jamais mentiria.

MOREIRA
Quem mais tinha acesso ao laboratório, além de você e do seu irmão? Porque esse sujeito, seja lá quem for, não lutou sozinho.

Emília olha rapidamente para o policial TONINHO (moreno, 49 anos, carrancudo e magro), de pé, encarando-a com desprezo. O escrivão anotando tudo.

EMÍLIA
Seja lá quem entrou, delegado, parece que entrou sem esforço também. Sinal de que preciso redobrar a segurança, não é?

Moreira faz que sim, recosta em sua cadeira, vencido.

CENA 5 EXT. - DELEGACIA – DIA

Toninho desce com o celular a postos. Verifica se ninguém está olhando.

TONINHO
A vegana dos infernos acabou de sair. Se fez de coitada pro delega. (T) Uma sonsa que nem o irmãozinho dela. (T) Tá bom, chefia, relaxa, vo fazer besteira nenhuma não. Vo só ficar na maciota.

Toninho desliga, raiva estampada na cara.

CENA 6 EXT. - REDAÇÃO NOVO DIA - DIA

Murilo (com hematoma no rosto) acaba de descer da van, ajeitando a bolsa a tiracolo. Aguarda, ansioso, o ônibus passar, mas vai logo atravessando a rua. Quando o ônibus some da tela, Murilo dá de cara com Nilo, esperando-o na calçada.

MURILO
(deboche)
Você gosta mesmo de chegar de surpresa, né?

Nilo, com cara de poucos amigos, mostra o celular com o vídeo.

NILO
O que significa isso?

MURILO
(irônico)
Um furo de reportagem?

Nilo quase avança, mas não parte pra cima.

NILO
Você aproveitou pra gravar tudo quando poderia ter me ajudado. As coisas não precisavam ter terminado daquele jeito.

MURILO
(tranquilo)
Eu não ia te ajudar a sujar as mãos, Nilo. Não sou um assassino.

NILO
Você tava lá, viu que eu não tive a intenção/

MURILO
Usar um objeto cortante para se defender de um alucinado não parece uma proposta de alguém bem-intencionado, Nilo.

NILO
Eu usei algo cortante para te defender! (Murilo fecha o sorriso de escárnio) Não se esqueça que se você vai me detonar no teu jornal é porque tá vivo.

Murilo vacila o olhar, incomodado com a verdade. Porém, não o suficiente para perder a pose.

MURILO
Ninguém vai lembrar de mim quando o teu nome estiver no jornal. É a história do herói que virou assassino.

NILO
Cê tem razão. Ninguém vai lembrar de você. A diferença entre nós dois é justamente essa: eu tenho um nome a zelar.

Thales já chegando ali, desconfiado.

THALES
(mãos na cintura)
Opa, opa! A que devemos a honra do falso herói aqui diante da Novo Dia?

Nilo e Murilo fitando-se.

NILO
(para Thales)
Vim olhar pra essa tua cara de sebo.

Nilo sai de cena. Thales, lado a lado de Murilo, vendo Nilo ir embora.

THALES
O que ele queria?

MURILO
Olhar pra essa tua cara de sebo.

Sério, Murilo dá as costas, deixando Thales mais desconfiado.

CENA 7 INT. - MANDRAKE PUB – DIA

Funcionários arrumam as cadeiras; limpam mesas; outros repõem as prateleiras com bebidas.

Vinnie, sentado à mesa de poker, verificando o celular. William chega por ali com um papel dobrado.

VINNIE
Que cara de enterro é essa, William?

WILLIAM
Rafael mandou entregar. É do IML.

Vinnie, estranhando, pega o papel e abre. Espia William, levanta da mesa; fecha o papel e devolve. Ajeita o paletó e quase sai, quando /

WILLIAM
Senhor...?

VINNIE
Não precisa me dar os pêsames, meu amigo.

Vinnie deixa o cenário. William olha para o papel, compreensivo.

CENA 8 INT. - MEGACAFÉ - DIA

Nilo e Roger sentados ao lado de uma área envidraçada, com vista para uma rua de frente. Roger bebe o mate, ansioso.

ROGER
Com o laboratório fechado, como vamos dar continuidade às investigações?

NILO
Precisamos ir pra Valquíria, mas não agora, tá, Roger?

ROGER
Ah, qualé! Valquíria já tá virando cenário de Urban Legend: quem entra, não sai. Quem tá fora, tem medo de entrar. Ninguém nem gosta de citar o nome. (faz segredo)Sabe o que fiquei sabendo? Que a casa daquela família assassinada tá abandonada. Será que nem drogado invade? Aí tem.

NILO
Roger, acho melhor você aproveitar a sua tarde de folga. O chefe mandou eu dar uma averiguada no laboratório.

ROGER
Como assim? A polícia não cercou tudo? (Nilo nem encara-o) Ai, posso ir junto?

NILO
Você não tinha dito que tava ansioso pelo seu dia de folga? Então...

ROGER
(fazendo manha)
Detesto quando você se esquiva. Cê devia levar em conta que o chefe disse primeiro pra mim que quer descobrir quem é o assassino.

MOREIRA
(O.S)
Eu também, rapaz.

Nilo se assusta, mas disfarça a tensão.

MOREIRA
Desculpe, posso?

ROGER
Claro! Senta aí com a gente. Conte pra nós, como vão as investigações sobre a morte de João Víthor?

Moreira olha para Nilo, um olhar admirado.

MOREIRA
Ahn, foi concluído que o ator sofreu um infeliz acidente. (debruça os braços sobre a mesa) Mas não se preocupe, Nilo, que o Jack Freitas só voltará a rodar o filme daqui a um mês.

NILO
Porque eu me preocuparia?

MOREIRA
Eu sei o quanto é difícil pra você reviver o passado. (pousa a mão sobre a mão de Nilo) Conte comigo para o que precisar.

Na troca de olhares sinuosos entre Roger, passando para Moreira, até encontrarmos os de Nilo. Nilo retira a mão, levanta-se.

NILO
Desculpe, preciso ir. Roger, cê paga aí?

ROGER
(inconformado)
Mas cê disse que ia pagar pra mim...

Nilo já saiu batido dali. Roger observa-o se afastar. Pega a carteira do bolso da camisa, saca uma grana e deixa na mesa.

MOREIRA
Isso porque eu cheguei?

ROGER
Não é nada pessoal, delegado, mas o dever me chama.

Roger levanta e sai apressado. Moreira espia, sem entender.

Na fachada do Mandrake Pub. CAM direciona para uma das janelas do triplex.

CENA 9 INT. - MANDRAKE PUB / CASA DE VINNIE / SALA - DIA

Um ambiente requintado, arquitetura tipicamente russa (pisos escuros, tapetes estampados; móveis rústicos; candelabros extravagantes tornam o local mais sofisticado).

Vinnie e Rafael vêm da direção do corredor, abraçados.

VINNIE
Pensei que não viria. Você tem o poder de me acalmar.

RAFAEL
Sinto muito pelo seu irmão. Sei que não se davam bem, mas /

VINNIE
(por cima)
Quero que você me informe de cada passo do Moreira. Ele não vai abafar esse caso como fez do ator. Vince Lemos era muito importante para a sociedade.

RAFAEL
(insatisfeito)
Moreira arquivou o caso porque era o nome do Nilo envolvido, isso sim.

Vinnie sorri, aproxima-se do bar e apanha uma garrafa de Jack Daniels.

VINNIE
Não seja modesto, meu caro. Sei que você convenceu o delegado a esquecer esse caso (Vinnie serve dois copos). Você tem lábia.

Rafael sorri, malicioso. Vinnie oferece a bebida.

RAFAEL
To no meu horário de serviço, Vinnie.

VINNIE
Moreira costuma chegar muito perto de você pra...(faz um gesto em direção a boca) verificar o aroma?

Ambos sorriem, Vinnie pega Rafael pela nuca e o beija na boca. Beijo intenso, mas rápido.

RAFAEL
Agora, será que você pode me dizer por que protege esse Nilo? Tu sabe que ele tá do lado da lei, então /

Vinnie dá as costas, bebe sua vodca num gole só.

VINNIE
Ora, meu querido, não está com ciúme, não? Todo bom vilão tem um amigo herói. (vira-se para ele) E eu sou o vilão dessa história.

Vinnie ri, Rafael também, mas sem confiança.

CENA 10 INT. - MANDRAKE PUB - DIA

Vinnie desce as escadas, William vem ao seu encontro.

WILLIAM
Rafael já foi?

VINNIE
Sim, saiu pelos fundos, como sempre.

Vinnie ajeita suas abotoaduras, enquanto nota a preocupação em William.

VINNIE
Ora, William, não maltrate sua aparência com essa testa franzida, homem; diga, o que lhe aflige?

WILLIAM
O senhor sabe que não gosto de fazer conjecturas, mas...o quanto confia nesse Rafael?

VINNIE
(coloca a mão em seu ombro)
Ah, William, sempre preocupado com o meu bem-estar. Rafael não me oferece riscos; está nas minhas mãos muito mais do que eu na dele.

WILLIAM
É, mas um rapaz ciumento pode ser muito perigoso, ainda mais alguém com o cargo dele. Ele já sabe que tá concorrendo diretamente com Nilo Rodrigues?

Vinnie acha graça, toca o rosto do amigo, carinhosamente.

VINNIE
Como você é maldoso, William. Nilo é apenas um bom amigo.

WILLIAM
Hmm, eu e os presentes importados sabemos disso. Qual será o próximo passo?

VINNIE
Quero a herança deixada pelo meu querido e finado irmão, Vince.

WILLIAM
Mas antes o senhor precisa resolver umas pendências.

VINNIE
Então, a cabeça de Moni Vasco primeiro.

Vinnie ri, sedutor, junto a William.

CENA 11 EXT. - BAIRRO VALQUÍRIA - DIA

Um grupo de viciados fumando num canto. Um rapaz qualquer escapa de um senhor de dentro da padaria, enquanto segura um saco de pães.

HOMEM
Seu filho da puta! Se eu te pego, eu te capo!

O garoto sai rindo, encontra os amigos viciados e distribui os pães.

CENA 12 INT. - BAR 94 / VALQUÍRIA - DIA

Na droga sobre a mesa. Branco faz carreira de pó, deita o rosto e se prepara para aspirar a droga, quando leva um safanão na nuca. O pó se espalha.

BRANCO
Pô, Butuca! Olha a merda que tu fez!

Butuca e mais alguns outros caem na gargalhada.

BUTUCA
Tá sempre chapado só pra não bancar o ativo.

Branco se levanta com sangue nos olhos, derruba a cadeira.

BRANCO
Tá querendo levar uma bazuca no meio da cara, seu retardado?

Butuca segura o bandido, tentando acalmar.

BUTUCA
To de caô, rapá. Todo mundo aqui sabe que tu é macho pra caramba, né não, rapaziada?

Os outros concordam, aos risos, mas logo mudam o foco ao ouvir um canto. É Moni chegando, sorridente, sacudindo os ombros e com uma garrafa de champanhe; rodopia com um olhar sagaz.

MONI
(cantarola)
Malandramente...se achava o cara, mas quebrou a cara, virou churrasquinho de gente. (os caras batem palmas) Ah, safado, devia era tá bem chapado, agora dou recadinho pra ti: Nós se vê por aí, nós se vê por aí...

Moni gargalha, felicíssima.

BUTUCA
Moni, quem você matou?

MONI
Essa é a parte chata: não matei ninguém, brow. Vince Lemos foi morto por exceder o limite de veganismo (ri).

Butuca olha para os demais, sério.

BUTUCA
Cumé que foi isso?

MONI
Olha que ironia: Vince virou churrasco no laboratório vegano, sacou? Esse povo desistiu de respeitar os animais; já foi logo metendo o homem na brasa.

Todos, até então, sérios, gargalham juntos. Moni abre a garrafa de champanhe, que explode em espuma.

MONI
Agora, Vinnie Ludwig que me aguarde!

No festejo deles.

CENA 13 INT. - CRACHÁ VERDE / LABORATÓRIO - DIA

O local está com boa parte em cinzas, bagunçado, área demarcada com fitas amarelas.

NILO
(O.S)
Acha possível encontrarem minhas digitais?

CORTE DESCONTÍNUO

Nilo e Emília próximos ao balcão da LOJA, no momento, vazia.

EMÍLIA
O Moreira tá empenhado /

NILO
(soca o balcão)
Droga!

Emília tenta confortá-lo, tocando em seu ombro.

EMÍLIA
Eu não disse nada sobre você, fique tranquilo /

NILO
(larga dela, revoltado)
Eu não posso ficar tranquilo, Emília! Eu matei uma pessoa!

EMÍLIA
Foi em legítima defesa, Nilo. Qualquer um entenderia /

Nilo caminha com as mãos na cintura, de um lado para o outro.

NILO
O que sugere? Que eu me entregue?

EMÍLIA
Ahn...A imprensa já te acusou pela morte de João Víthor, imagine se souberem que você matou um homem aqui?

NILO
Se ao menos eu tivesse matado um bandido…

Emília olha para Nilo, surpresa, mas ele nem saca.

NILO
Eu já passei por tempos difíceis, mas matar um inocente tá sendo demais pra mim.

EMÍLIA
Você já contou pros seus amigos? Pra Lila?

Nilo faz o pensativo, reluta em responder.

NILO
Não…

EMÍLIA
E por que não?

NILO
Eu não sei qual seria a reação deles se souberem que a imagem de herói que a Lila ajudou a construir...

CAM BUSCA Roger no LADO DE FORA, ouvindo tudo, esbabacado.

NILO
(O.S / cont.)
...Não existe mais.

Roger SOME dali.

CENA 14 INT. - REDAÇÃO NOVO DIA / SALA DE REDAÇÃO – DIA

Murilo, animado, vem segurando um milk-shake de um lado e o celular de outro. Encontra Paulinha sentada, redigindo um texto.

MURILO
Fala aí, Paulinha. Hoje tem, hen.

Murilo senta do outro lado, bebe o milk-shake rapidamente e deixa o copo sobre a mesa. Esfrega as mãos, ansioso, sob o olhar curioso de Paulinha.

PAULINHA
Posso saber o que tem hoje?

MURILO
A melhor bomba da semana. Sabe a morte daquele ator lá? (Paulinha faz que sim) E a novela Escolhas da Vida? (a garota assente) Esquece. O que tenho aqui vai acabar com a audiência de ambos. Vamos botar pra ferver!

Ambos riem. Murilo se concentra diante do computador sem perceber que Thales está por ali e ouviu a conversa.

FADE OUT

FIM DO PRIMEIRO ATO

 



Anti-Herói

Temporada 1 | Episódio 1

 

Criado e Escrito por:

Cristina Ravela

 

Elenco:

Aaron Ashmore - Nilo Rodrigues

Ildi Silva - Lila Machado

Felipe Abib - Roger Ribeiro

Igor Ricky - Vinnie Ludwig

Yasmin Gomlevsky - Moni Vasco

Thiago Fragoso - Thales Araújo

Chandelly Braz - Paulinha Avellar

Sérgio Menezes - Murilo Guedes

 

Elenco Secundário:

Larissa Bracher -  Amora Molinos

Mariana Lima - Emília brito

Bruno Ferrari - Rafael Brito

Emílio de Mello - Delegado Moreira

Marcelo Gonçalves - Toninho

Ricardo Vianna - Branco

Jonathan Azevedo - Butuca

Ed Oliveira - Raul

Blota Filho - William

 

Participação especial:

Rodrigo Hilbert - Vince lemos

 

Atores convidados nesse episódio:

João Víthor oliveira - Ele mesmo

Bruno Garcia - Jack

 

Trilha sonora:

Welcome to the jungle - Guns n’ roses

Jorginho me empresta a 12 - MC Carol

Hero - Skillet

 

Essa obra não possui nenhum vínculo/contrato com os atores citados acima.

 

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