11. Queimando as Raízes! | Anjo Noturno



NO EPISÓDIO ANTERIOR

 

Petra explica a León que Gael sofre de um transtorno psicológico. Gael conta para Petra sobre fazer coisas que não lembra e sobre o evento com Martin no qual não sabe como foi para num motel com o mesmo. Petra confirma que o mocinho realmente sofre de um transtorno psicológico chamado Transtorno Dissociativo de Identidade. León pede perdão a Gael por ter reatado com Aline e diz que já terminou com ela. Ele confessa que o ama e quer ficar ao seu lado. Gael o perdoa, eles se beijam e o clima esquenta, porém, Gael pede para parar e lhe conta sobre o abuso que sofreu e que não consegue ainda ter relações. León diz que ficará ao seu lado e lhe apoiará em tudo. Na consulta, após falar sobre o abuso que sofreu, Corvo assume a personalidade de Gael e confessa o assassinato do homem da cidade vizinha. Petra pergunta a Gael se ele pretende fundir as personalidades ou continuar com ambas.

 

 

EPISÓDIO 11 – QUEIMANDO AS RAÍZES!

GRANDE FINAL

 

 

—Sim, doutora Petra. Eu quero essa junção. Quero preservar e viver apenas com a minha personalidade. -Diz decidido.

 

Gael olha para frente com um olhar firme.

 

 

2 DIAS DEPOIS...

 

 

A cidade de BellaLuna aos poucos recuperava sua cor junto a evolução de Gael. A cada passo que ele dava, novos tons traziam novamente vida aquele lugar que houvera se tornado sombrio nos últimos períodos.

 

Raios de sol fortes marcam presença mesmo que o inverno ainda não houvesse ido embora. A confusão de climas era totalmente normal em BellaLuna (mesmo que o clima da atual estação ainda se mostre predominante).

 

Gael e León comem na mesinha de jantar.

 

—León, eu acabei de lembrar de uma coisa agora. Também é outro assunto super sério que com tantos problemas eu acabei esquecendo, porém, não dá mais para adiar.

 

—Você está me assustando! -Visivelmente já preocupado.

 

—Eu não tenho certeza de nada. Mas para me certificar de que eu estou certo e quem sabe ter provas de um eventual acontecimento, eu preciso que confie em mim.

 

—Claro, meu amor. Do que se trata? -Atento.

 

—Preciso que coloque uma câmera no quarto do seu avô. Eu sei que parece meio invasivo, mas é que não tem outro jeito, infelizmente. É que suspeito de que alguém o esteja fazendo mal de alguma forma.

 

—Agora você está ofendendo minha família. Meu avô é cuidado naquela casa com todo amor e carinho do mundo, jamais alguém ousaria… -Mesmo bravo, algo imediatamente vem na cabeça de León.

 

 

FLASHBACK

 

Meses Atrás

 

—Oi vô, como acordou hoje? -Sem retorno.

 

León o arruma enquanto o novo cuidador não chega.

 

—Ué, esse comprimido até ontem não era branco? -Estranha ao vê-lo num tom mais amarelado.

 

FIM DO FLASHBACK

 

 

—Ok, vamos fazer isso! -Diz León empenhado.

 

Gael entrega a câmera.

León sai para executar o plano.

 

Imediatamente, Gael fecha as janelas e as cortinas e sai para seu 3° dia de consulta.

 

—Resolveu dar uma repaginada no consultório doutora? -Observa a mudança de objetos e inserção de porta-retratos de família.

 

—Sim, achei que colocar fotos da minha família daria uma certa leveza e de alguma forma faria o paciente se sentir mais acolhido e em casa. Entende? -Explica.

 

—Sim, claro. -Sorri.

 

—Vamos a nossa terceira consulta?

 

—Vamos sim! -Determinado a vencer seu problema.

 

A consulta, assim como as anteriores foca na conversa sobre a vida de Gael com o objetivo de encontrar possíveis causas do seu transtorno para assim arrancar o mal pela raiz.

 

 

3 SEMANAS DEPOIS...

 

 

 Gael “aparentemente” tem começado a conseguir controlar melhor suas personalidades.

 

Cansado fisicamente após fazer uma faxina pesada em casa, Gael senta no sofá e suspira aliviado.

 

O telefone toca.

Gael pega.

 

—Alô? Sim, Gael Montoya. Há tempos eu esperava a ligação de vocês. -Conversa com o laboratório para o qual Roberta havia mandado as amostras do sabonete de seu Alfonso.

 

Gael fica em choque com o que escuta.

 

—A substância foi alterada? Meu Deus! -Assustado ao confirmar suas suspeitas. —Por favor, me mande os resultados por e-mail. Pode ser? -Respira. —Ótimo, aguardo! -Desliga e em seguida jogando o celular no sofá.

 

Imediatamente Gael recebe por e-mail as informações da análise feita e as alterações no líquido. Ele pesquisa o nome do componente adicionado que não faz parte do produto.

 

—Meu Deus! Isso causa paralisia no corpo e aos poucos mata o sistema nervoso. É por isso que o seu Alfonso demorou mais que o normal para apresentar melhora se comparado com qualquer outro caso de AVC (Acidente Vascular Cerebral).

 

Alguém bate de forma desesperada na porta.

 

Gael corre para atender.

 

—León? O que aconteceu? Você está bem? -Preocupado com seu nervosismo.

 

—Olha isso, Gael… É o maldito do meu tio que está matando o meu avô. -Com muita raiva.

 

—Eu sabia que tinha algo errado. -Diz ainda mais assustado com a revelação. —Aliás, olha essas análises que chegaram agora por e-mail do sabonete alterado que eu havia enviado para o laboratório. Foi adicionado uma substância venenosa que mata células motores e aos poucos destrói o sistema nervoso.

 

—Gael, pode ser então que… -Horrorizado.

 

—Pode ser que o seu avô não tenha tido um AVC. Isso, pode ser resultado da implantação de veneno que seu tio fez nele por deus sabe quanto tempo… -Ainda indignado com tamanha maldade.

 

—Eu vou arrebentar a cara daquele filho da… -Irado.

 

—Ei, ei,ei. Se controla! -Dá uma pausa. —Hoje é o aniversário do Sr. Alfonso não é? -Parece ter uma ideia.

 

—Sim, do meu avô. Mas o que isso tem a ver? -Sem entender.

 

—Provavelmente seu tio pode querer finalizar o plano dele hoje de forma discreta e sob qualquer suspeita, uma sensação muito forte me diz isso. -Fala sem saber que Felipe era quem já conhecia o homem.

 

 

FLASHBACK

 

Ao se aproximar da janela escuta a voz do homem.

 

—Tudo deve acontecer no adversário do velho, a família vai tá toda reunida. Não tem como dar errado. Basta seguir o plano! -Cochicha.

 

Felipe se assusta.

 

FIM DO FLASHBACK

 

 

—Vamos pegar ele lá! Já que é um jantar e estará apenas a família, é mais fácil de enquadrá-lo e isso sem prejudicar a imagem da sua família. -Faz referência ao fato de a família “Len” evitar qualquer tipo de escândalo e a mídia.

 

—Sim, isso é muito mais inteligente meu amor. -Raciocina.

 

BellaLuna anoitece com seu clima super frio de período de inverno que estava por chegar ao fim. As ruas pouco movimentadas espelhavam seu forte clima.

 

A cinco metros da casa de Gael, encontrava-se a mansão da família de León, para onde ele e seu amado foram para o jantar.

 

Gael e León sentam-se à mesa junto aos pais de León, Patrícia e Lucian, e sua irmã Petra.

 

—Boa noite filhos. -Cumprimenta Patrícia os pombinhos.

 

—Boa noite, senhora! -Responde o genro.

 

—Boa noite mãe.

 

—Que bom que veio Gael. -Diz Petra sorrindo.

 

Gael sorri de volta cumprimentando-a com um abraço.

 

—Oi irmão! -Petra se aproximando abraçando León também.

 

Aproveitando que a mãe está logo ao lado da irmã, León se aproxima e a abraça também.

 

—Lucian… -Diz Patrícia incomodada e constrangida com a grosseria do seu marido de não cumprimentar os convidados.

 

—Chega! Eu não vou ficar aqui apoiando isso. -Esbraveja chateado e saindo dali.

 

Seu Alfonso vem para a mesa sendo trazido por uma das empregadas da casa.

 

Lucian ao ver seu pai, volta imediatamente para a mesa em sinal de respeito.

 

A campainha toca. A empregada que estava de prontidão na porta imediatamente abre.

 

Alberto, tío de León entra.

 

—Boa noite família! -Vem animado até a sala de jantar.

 

Todos o cumprimentam. Gael e León atuam bem para não alertá-lo.

 

—Temos um convidado novo… Um amigo do meu sobrinho ou namorado da minha sobrinha? -Pausa e silêncio de dois segundos. —Bem vindo rapaz. -Alberto simpatizando na mesa.

 

—Nenhum dos dois. Prazer, eu sou Gael. Sou namorado do seu sobrinho. -Finge sorriso.

 

Alberto fica sério e imediatamente olha para o irmão imaginando sua desaprovação.

 

—Eu não sabia que… é… -Sem palavras.

 

—Agora sabe, querido tio. -Rebate León irônico e já com raiva.

 

Alberto vira-se para Gael desviando seu foco após o climão.

 

—Nos conhecemos de algum lugar? -Ainda apertando a mão de Gael ao cumprimentá-lo o homem parece reconhecê-lo.

 

—Eu acho que não. Pelo menos eu não lembro de tê-lo visto em nenhum lugar. -Responde sem fingir simpatia e com um olhar de repúdio.

 

—Devo ter achado alguém parecido então. Acontece. -Fala sem graça ainda não tão seguro e estranhando parecer já conhecer Gael.

 

Nada convencido Alberto não tira os olhos de Gael.

 

Com ciúmes, León interrompe seus olhares perseguidores.

 

—Não vai lavar as mãos para comer, Alberto? -Indaga com um tom de voz forte.

 

—Antes esse garoto me chamava de tio… -Se chateando com as mudanças de León.

 

—Que pergunta é essa para seu tio? É lógico que ele vai. Onde está aprendendo a ser tão insolente? É com esse aí? -Lucían provoca Gael.

 

León tenta levantar para bater de frente com o pai. Gael o segura.

 

Alberto vai para a pia lavar as mãos.

León vai atrás.

 

Gael fala algo baixinho para Petra que o segue.

Alfonso (o avô) sinaliza com uma das mãos para a empregada guiá-lo até a cozinha.

 

Curiosos os pais de León, o seguem também.

 

—Aqui tio, esse sabonete em líquido que compramos para o vovô é o melhor antisséptico que existe na região, e, na nossa casa a higiene máxima é fundamental. Então, resolvi trazer um dos dele hoje para testarmos e quem sabe passarmos a usar de forma efetiva aqui. Pronto para usar? Você será o primeiro! -Segura o frasco quase já virando sobre as mãos dele.

 

Alfonso não estende as mãos para a pia.

León continua insistindo.

 

—Estende logo essas malditas mãos, todos querem lavar as mãos e eu quero que esse jantar chato acabe de uma vez. -Fala alto Lucian em tom grosseiro.

 

—Vai tio, por favor! -Petra pede já impaciente.

 

—Eu não... -Medroso. —Vou lavar com sabão, eu até prefiro. -Pega o sabão, liga a torneira e lava as mãos.

 

Imediatamente, León despeja o frasco todo nas mãos do tio.

 

—O QUE VOCÊ FEZ SEU INFELIZ? -Grita alto em desespero mostrando sua verdadeira face.

 

—Alguém me explica o que está acontecendo? -Esbraveja Lucian.

 

Gael vai até sua bolsa e pega o resultado das análises.

 

—Alguém adulterou o conteúdo do sabonete do seu Alfonso, adicionando uma substância venenosa que ataca as células nervosas e aos poucos vai matando o sistema de coordenação motora. -Diz Gael entregando os papéis a Patrícia.

 

—E esse alguém, foi esse crápula que está no sofá se contorcendo! -Expõe León.

 

—Isso não pode ser verdade. Eu não acredito! -Lucían revoltado.

 

Seu Alfonso surpreende a todos (exceto Gael).

 

—Mas é. Esse monstro por todos esses meses me envenenava cada vez mais e eu sem conseguir pedir socorro e nem dizer uma palavra…

 

Petra pega o controle e liga a TV pondo na seção de imagens do pen-drive de León.

 

Nas imagens aparece Alberto abrindo um frasco com o símbolo de caveira e despejando dentro do sabonete de seu pai, Alfonso.

 

Alfonso caminha até o sofá, depois de muito tempo preso a cadeira, já se recuperando da intoxicação e fica de frente para seu filho assassino.

 

—Eu te dei casa, comida, um sobrenome. Te tirei da rua, da miséria e você me paga assim? -Esbofeteia-o seguidas vezes.

 

León abre a porta e a polícia entra para prendê-lo.

 

—Ainda não acabou seus idiotas. AINDA NÃO! -Irado e com ódio. —Eu deixei a porta da cozinha aberta e chamei uns colegas para terminar o maldito serviço. Mas dessa vez, não é só com você velhote, é com todos aqui! -Ri malignamente.

 

—Desculpa estragar seus planos, mas seus amigos foram os primeiros a serem pegos, Alberto. -Debocha Gael do bandido.

 

A polícia o algema.

 

—Agora você vai se juntar aos seus comparsas, relaxe! -Debocha o policial o levando.

 

—Vocês me salvaram meus filhos. -Se aproxima Alfonso sorrindo.

 

Alfonso abraça os meninos.

 

—Abuelo (avô em espanhol), você sabe que o Gael é meu…

 

—Sim, eu sei e se você é feliz, é o que importa. Gael é um rapaz do bem, cuidou de mim, me fez voltar a me locomover e sair do inferno que eu vivia. Eu seria uma maldito se ficasse contra ele. -Pega na mão de Gael lhe beijando o rosto.

 

—Eu não aceito isso! -Esbraveja Lucían.

 

—Meu neto já disse uma vez, mas eu vou repetir porque talvez você não tenha escutado: Você não tem que aceitar nada, quem tem que aceitar algo aqui é o Gael. E pelo visto, já aceitou.

 

Lucían não fala mais uma palavra, apenas ferve por dentro.

 

Patricia e Petra ainda não conseguem digerir tudo que aconteceu.

Lucian sobe para seu quarto consternado por tudo que ocorrera aquela noite.

 

E seu Alfonso que havia afastado-se de todos e caminhava pelo jardim, se punha a chorar.

 

León o abraça.

 

—Onde eu errei com ele (Alberto)? -Sofre.

 

—Em nada vôzinho. O senhor é o melhor pai que alguém poderia ter.

 

—Ôh meu filho. -Alfonso o abraça chorando.

 

 

1 ANO DEPOIS...

 

León tira a camisa de Gael. Em seguida,Gael também tira a sua.

 

 

León deita Gael na cama.

 

  —Eu vi um negócio na internet outro dia chamado gouinage que é a técnica do sexo sem penetração e eu fiquei com muito tesão. Vamos fazer? -Propõe León.

 

León sobe em cima do corpo de Gael de frente e começa a roçar o corpo um no outro, ambos de cueca.

 

Com o tesão ativado e os corpos em chamas, Gael tira a calça de seu amado, que em seguida também tira as suas. Eles se esfregam um no outro, até que Gael baixa a cueca de León e inicia um sexo oral.

 

 

No dia seguinte tudo parecia mais colorido para Gael, finalmente ele havia conhecido seu namorado por todos os ângulos e formas. Léon lhe houvera dado tempo suficiente até que ele estivesse pronto e fizera daquele momento o mais especial de suas vidas.

 

 

—Você já vai amor? -Pergunta com uma carinha de “por favor, fica comigo”.

 

—Você mesmo disse para eu ir buscar minhas coisas para vir morar com você e eu estou indo fazer isso. Desfaz essa carinha senão eu não vou conseguir ir, lembra que a partir de hoje a gente vai se ver mais a todo instante.

 

—Você está certo meu amor. Só não demora tá?

 

—Você que manda meu lindo.

 

Sorriem um para o outro e se beijam.

 

León sai.

Gael fecha a porta.

 

O silêncio total presente é assustador. Um clima frio e arrepiante se instala, os ventos fortes assolam BellaLuna.

 

O telefone toca. Gael se assusta, mas imediatamente atende já que estava perto.

 

—Alô?

 

Gael escuta apenas uma respiração ofegante de alguém aparentemente cansado e com medo.

 

Uma sombra passa por sua janela.

                       

—Gael, socorro! -Grita um homem desesperado.

 

—FELIPE?! -Impactado.

 

 

FIM?



Anjo Noturno
Temporada 1 | Episódio 11

Criado e Escrito por:
Thiago Santos

Elenco:
Gael/Felipe - Gabriel Leone
León - Sergio Malheiros
Martínez - Rodrigo Massa
Petra - Bruna Marquezine
Aline - Agatha Moreira
Patrícia - Cris Viana
Lucían - Guy Ecker
Alfonso - Murilo Rosa
Alberto - Tarcísio Meira
Roberta - Jeniffer Nascimento
Cláudio - Bruno Gadiol
Fernanda - Vanessa Gerbeli
Genaro - Marcos Palmeira

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